Risco-País registra queda de seis pontos, com otimismo no cenário externo

Reestruturação da dívida da Grécia e dados da economia dos EUA anima mercado; por aqui, destaque para reunião do Copom

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O indicador de risco-País registrou queda de seis pontos-base, atingindo 193 pontos nesta quarta-feira (7). O mercado se mostrou otimista com a reestruturação da dívida da Grécia, assim como pelos indicadores econômicos dos Estados Unidos. Por aqui, os investidores estão de olho no provável corte de 50 pontos-base na taxa básica de juro, que deve ser anunciada na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) no final do dia. 

Também no front interno refletiram dados sobre entrada de dólares. O fluxo cambial apontou saldo positivo de US$ 2,466 bilhões nos dois primeiros dias de março, enquanto as captações das empresas brasileiras no exterior somaram US$ 11,7 bilhões em fevereiro, mostrou a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).

Agenda norte-americana
Nos Estados Unidos, os dados do ADP Employment Report mostraram a criação de 216 mil novos postos de trabalho no setor privado norte-americano durante o mês de fevereiro, enquanto os analistas projetavam uma alta de 218 mil empregos.

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Já a produtividade do trabalhador norte-americano no quarto trimestre registrou um aumento 0,9%, enquanto os gastos com mão de obra passaram de um avanço de 1,2% para uma alta de 2,8%. Por sua vez, o Consumer Credit registrou avanço de US$ 17,8 milhões no montante do crédito cedido ao consumidor do país, superior ao aumento de US$ 12 bilhões projetado pelos analistas.

Global 40
O principal título da dívida externa brasileira, o Global 40, encerrou em baixa de 0,08% na noite desta quarta-feira, cotado a 132,87 centavos de dólar. 

Refletindo o desempenho dos principais títulos da dívida externa brasileira, o indicador de risco Brasil calculado pelo conglomerado norte-americano JP Morgan encerrou a 193 pontos-base.

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O que é o risco-País?
Como cada governo que emite papéis no mercado externo em geral tem mais do que um título no mercado, o banco norte-americano JP Morgan decidiu criar um índice que pudesse combinar todos estes papéis e obter um indicador único, que pudesse ser usado como uma medida de risco global.

Com isso, o JP Morgan criou, no final de 1993, o Embi+ (Emerging Markets Bond Index Plus), ou Índice de Bonds de Países Emergentes, que mede o desempenho de uma vasta carteira de países. Todos os países incluídos são emergentes, excluindo aqueles de risco menor, como muitos dos países da Europa, Ásia e América do Norte.

Além deste índice genérico, o banco criou também um índice para cada país, incluindo apenas títulos do país em questão. Com isso, o JP Morgan criou uma medida de risco-país, que, no caso do Brasil, é medido pelo Embi+ Brasil.

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