Risco-País registra queda de três pontos, refletindo melhora no cenário externo

Mercado acompanhou agenda repleta de indicadores econômicos nos EUA; noticiário da Zona do Euro também chamou atenção

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O indicador de risco-País registrou queda de três pontos-base, atingindo 191 pontos nesta quinta-feira (1). Os investidores acompanharam uma agenda repleta de indicadores econômicos nos Estados Unidos, com destaque para o Intial Claims, que veio positivo na passagem semanal. Além disso, o noticiário da Zona do Euro também chamou atenção do mercado, por conta de boatos de que a Alemanha poderia expandir o ESM (European Stability Mecanism). 

Na Europa, foi iniciada a reunião dos ministros de Finanças do Eurogrupo, que vai até sexta-feira. Um dos principais pontos a serem tratados no encontro é o repasse urgente dos € 130 bilhões de ajuda à Grécia.

Front Interno
Por aqui, chamou a atenção a decisão anunciada pelo Banco Central, que estendeu de dois para três anos a alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 6% cobrada sobre os empréstimos externos, para conter a entrada de dólares no País e a queda do dólar frente ao real. Essa medida pode ter sido apenas a primeira de muitas, já que o ministro da Fazenda Guido Mantega sinalizou a possibilidade de mais medidas para conter a depreciação do real

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Ademais, a FGV (Fundação Getulio Vargas) divulgou o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) referente à última semana de fevereiro, que apontou inflação de 0,24%. Ainda por aqui, o Ministério de Comércio Exterior reportou a balança comercial, mostrando um superávit de US$ 1,715 bilhão em fevereiro.

Agenda norte-americana
Além dos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos, chamou atenção o avanço de 0,2% no núcleo do índice de preços PCE (Personal Consumption Expenditures), vindo em linha com o esperado pelos analistas. Por sua vez, o Personal Spending avançou 0,2% no período, ficando abaixo da alta de 0,4% esperada. 

Também mostrou piora no desempenho o ISM Index, que mede a atividade industrial nos EUA e atingiu 52,4 pontos, enquanto a média das projeções apontava para 54,7 pontos. Já o Construction Spending mostrou que os gastos com construção civil nos Estados Unidos marcaram ligeira queda de 0,1% em janeiro, frente às estimativas de alta de 1,0% para janeiro.

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Global 40
O principal título da dívida externa brasileira, o Global 40, encerrou em baixa de 0,23% na noite desta quinta-feira, cotado a 132,99 centavos de dólar. 

Refletindo o desempenho dos principais títulos da dívida externa brasileira, o indicador de risco Brasil calculado pelo conglomerado norte-americano JP Morgan encerrou a 191 pontos-base. 

O que é o risco-País?
Como cada governo que emite papéis no mercado externo em geral tem mais do que um título no mercado, o banco norte-americano JP Morgan decidiu criar um índice que pudesse combinar todos estes papéis e obter um indicador único, que pudesse ser usado como uma medida de risco global.

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Com isso, o JP Morgan criou, no final de 1993, o Embi+ (Emerging Markets Bond Index Plus), ou Índice de Bonds de Países Emergentes, que mede o desempenho de uma vasta carteira de países. Todos os países incluídos são emergentes, excluindo aqueles de risco menor, como muitos dos países da Europa, Ásia e América do Norte.

Além deste índice genérico, o banco criou também um índice para cada país, incluindo apenas títulos do país em questão. Com isso, o JP Morgan criou uma medida de risco-país, que, no caso do Brasil, é medido pelo Embi+ Brasil.

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