Risco-País sobe dez pontos, refletindo temor com Zona do Euro

Mercado digeriu apreensivo corte dos ratings de países europeus pela Moody's e dados econômicos ruins nos Estados Unidos

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O indicador de risco-País subiu dez pontos-base nesta terça-feira (14), atingindo 205 pontos. O mercado digeriu o corte do rating da Itália, Portugal, Malta, Eslováquia, Eslovênia e Espanha pela agência de classificação de risco Moody’s, realizado na véspera. Também impactou no humor dos investidores nesta data o adiamento da reunião dos ministros das Finanças da Zona do Euro para decidir os detalhes para liberação de um pacote de resgate à Grécia, reforçando temores do mercado sobre um possível default desordenado do país.

Além disso, os investidores também repercutiram apreensivos os dados econômicos dos Estados Unidos, uma vez que o Retail Sales veio abaixo das expectativas dos analistas para o mês de janeiro. Foi revelado também o Business Inventories, mostrando avanço de 0,4% em dezembro, levemente abaixo das projeções dos analistas, que apontavam para alta 0,5% no mês.

Por aqui, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, reiterou que o País tem “amplas condições” para crescer 4,5% este ano, mantendo ritmo de geração de empregos em torno de 2 milhões de vagas ao ano. Na Ásia, destaque para a reunião do BoJ (Bank of Japan), onde se decidiu o estabelecimento de uma meta de inflação de 1% ao ano e a expansão de compra de ativos e empréstimos em 10 trilhões de ienes, atingindo assim 65 trilhões de ienes, destinado para aumentar a compra de títulos do governo japonês.

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Global 40
O principal título da dívida externa brasileira, o Global 40, encerrou em alta de 0,03% na noite desta terça-feira, cotado a 133,06 centavos de dólar. 

Refletindo o desempenho dos principais títulos da dívida externa brasileira, o indicador de risco Brasil calculado pelo conglomerado norte-americano JP Morgan encerrou a 205 pontos-base.

O que é o risco-País?
Como cada governo que emite papéis no mercado externo em geral tem mais do que um título no mercado, o banco norte-americano JP Morgan decidiu criar um índice que pudesse combinar todos estes papéis e obter um indicador único, que pudesse ser usado como uma medida de risco global.

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Com isso, o JP Morgan criou, no final de 1993, o Embi+ (Emerging Markets Bond Index Plus), ou Índice de Bonds de Países Emergentes, que mede o desempenho de uma vasta carteira de países. Todos os países incluídos são emergentes, excluindo aqueles de risco menor, como muitos dos países da Europa, Ásia e América do Norte.

Além deste índice genérico, o banco criou também um índice para cada país, incluindo apenas títulos do país em questão. Com isso, o JP Morgan criou uma medida de risco-país, que, no caso do Brasil, é medido pelo Embi+ Brasil.

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