Risco-País sobe dois pontos, pressionado por preocupações com Grécia

Além do corte de rating da dívida grega, os fracos dados econômicos externos também afetaram humor do mercado

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O indicador de risco-País registrou alta de dois pontos-base, atingindo 195 pontos nesta quarta-feira (22). O mercado esteve pressionado por conta do desenrolar da crise da Grécia, assim como pelos indicadores econômicos externos, que vieram abaixo das expectativas dos analistas.

A situação econômica da Zona do Euro preocupa diante de mais um corte de rating da Grécia, realizado desta vez pela agência de classificação de risco Fitch. Após a aprovação da próxima parcela do pacote de auxílio financeiro ao governo grego, a Fitch rebaixou o rating de longo prazo da dívida grega de “CCC” para “C”.

A agência de classificação de risco alertou ainda que a proposta de reduzir a carga da dívida pública da Grécia, através de uma troca de papéis com credores privados, será considerada como um default se for concluída.

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Ainda no velho continente, a Espanha deve pedir as autoridades da União Europeia para suavizar meta de déficit deste ano – para levemente superior a 5%. Também por lá, a Comissão Europeia propôs suspensão de apoio de € 495 milhões à Hungria.

Agenda externa
No Velho Continente, o PMI (Purchasing Managers’ Index) caiu de 50,4 pontos no primeiro mês do ano para 49,7 neste mês, reforçando as preocupações com a economia da região. Enquanto isso, na China, o índice PMI da produção industrial apontou avanço em fevereiro, ficando em 50,1 pontos, frente aos 47,6 registrados no mês anterior. Já o Manufacturing PMI, apesar de melhorar sobre o mês anterior, ao passar de 48,8 em janeiro para 49,7 em fevereiro, continua a mostrar contração.

Nos Estados Unidos, os investidores acompanharam apenas a divulgação do número de vendas de casas usadas, que apontou queda na passagem mensal, decepcionando as expectativas de analistas durante o mês de janeiro. O Existing Home Sales mostrou que as vendas anualizadas registradas no período atingiram 4,57 milhões de casas, frente ao consenso das projeções do mercado de 4,63 milhões.

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Por aqui, os investidores acompanharam o relatório Focus, que mostrou redução na projeção de todos os índices inflacionários de fevereiro. Destaque também para a balança comercial, que mostrou superávit de US$ 370 milhões na terceira semana de fevereiro.

Global 40
O principal título da dívida externa brasileira, o Global 40, encerrou em alta de 0,08% na noite desta quarta-feira, cotado a 132,99 centavos de dólar. 

Refletindo o desempenho dos principais títulos da dívida externa brasileira, o indicador de risco Brasil calculado pelo conglomerado norte-americano JP Morgan encerrou a 195 pontos-base.

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O que é o risco-País?
Como cada governo que emite papéis no mercado externo em geral tem mais do que um título no mercado, o banco norte-americano JP Morgan decidiu criar um índice que pudesse combinar todos estes papéis e obter um indicador único, que pudesse ser usado como uma medida de risco global.

Com isso, o JP Morgan criou, no final de 1993, o Embi+ (Emerging Markets Bond Index Plus), ou Índice de Bonds de Países Emergentes, que mede o desempenho de uma vasta carteira de países. Todos os países incluídos são emergentes, excluindo aqueles de risco menor, como muitos dos países da Europa, Ásia e América do Norte.

Além deste índice genérico, o banco criou também um índice para cada país, incluindo apenas títulos do país em questão. Com isso, o JP Morgan criou uma medida de risco-país, que, no caso do Brasil, é medido pelo Embi+ Brasil.

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