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SÃO PAULO – O indicador de risco-País registrou alta de seis pontos-base, atingindo 200 pontos nesta quinta-feira (23). Apesar dos bons indicadores econômicos dos Estados Unidos, o mercado seguiu preocupado com o cenário econômico europeu, uma vez que a nova projeção da Comissão Europeia indicou que o PIB (Produto Interno Bruto) da União Europeia irá estagnar, enquanto a Zona do Euro registrará um recuo moderado no primeiro trimestre.
O mercado começa a avaliar uma recessão na Grécia até pelo menos 2013, enquanto Portugal pode precisar de um novo resgate. Mesmo em recessão, o comissário de Assuntos Econômicos e Monetários da União Europeia, Olli Rehn, destacou que a Zona do Euro deve manter seus compromissos fiscais.
O setor financeiro europeu também preocupou, após os resultados dos grandes bancos decepcionarem, como resultado das perdas com bônus gregos. Ainda nesta sessão o parlamento da Grécia votou uma troca de títulos, que implicará em perdas de 53,5% no valor nominal dos papéis detidos por estrangeiros. No lado positivo, o índice de confiança alemão avança para o nível mais alto em sete meses, atingindo 109,6 pontos em fevereiro.
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Agenda
Na agenda econômica doméstica, a Nota do Setor Externo do Banco Central apontou que a entrada de investimentos estrangeiros diretos, a soma de ingressos líquidos em janeiro, foi de US$ 5,4 bilhões. O BC revelou ainda o fluxo cambial, com saldo positivo de US$ 6,520 bilhões.
Já nos EUA, a pauta de indicadores contou com o Initial Claims, mostrando que o número de pedidos de auxílio-desemprego chegou a 351 mil solicitações na semana terminada em 18 de fevereiro, contra uma média de projeções de 355 mil novos pedidos.
Global 40
O principal título da dívida externa brasileira, o Global 40, encerrou em baixa de 0,05% na noite desta quinta-feira, cotado a 132,95 centavos de dólar.
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Refletindo o desempenho dos principais títulos da dívida externa brasileira, o indicador de risco Brasil calculado pelo conglomerado norte-americano JP Morgan encerrou a 200 pontos-base.
O que é o risco-País?
Como cada governo que emite papéis no mercado externo em geral tem mais do que um título no mercado, o banco norte-americano JP Morgan decidiu criar um índice que pudesse combinar todos estes papéis e obter um indicador único, que pudesse ser usado como uma medida de risco global.
Com isso, o JP Morgan criou, no final de 1993, o Embi+ (Emerging Markets Bond Index Plus), ou Índice de Bonds de Países Emergentes, que mede o desempenho de uma vasta carteira de países. Todos os países incluídos são emergentes, excluindo aqueles de risco menor, como muitos dos países da Europa, Ásia e América do Norte.
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Além deste índice genérico, o banco criou também um índice para cada país, incluindo apenas títulos do país em questão. Com isso, o JP Morgan criou uma medida de risco-país, que, no caso do Brasil, é medido pelo Embi+ Brasil.
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