Roubini diz que mesmo com problema da dívida, EUA têm pouco a temer

Conhecido como Dr. Doom, economista se diz tranquilo e que país deve resolver a situação até março

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – No mundo da economia, Nouriel Roubini ficou conhecido como o Dr. Doom. Porém, em sua última entrevista, durante evento da Reuters em Nova York na última segunda-feira (14), ele afirmou que os EUA têm pouco a temer, mesmo com as discussões sobre o teto da dívida do país ganhando os noticiários a cada dia.

“Os Estados Unidos têm problemas significativos em relação ao setor fiscal, ao crescimento do país e também com o desemprego”, afirmou Roubini, “porém, se não chegarmos a um acordo sobre o teto da dívida até março e recebermos outro rebaixamento, os rendimentos irão cair”, completou ele.

Mesmo com esse cenário, Roubini explicou que em situações de aversão ao risco, as pessoas procuram outros tipos de investimento, como o dólar ou títulos do Tesouro. “No auge da crise, o dólar subiu porque são os ativos mais seguros”, explicou Roubini na conferência. Com isso, o país ainda pode respirar enquanto o prazo para o teto da dívida não é atingido.

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No mesmo dia da entrevista, o presidente Barack Obama rejeitou negociações com os republicanos para aumentar o limite de empréstimos para o país, acusando-os de tentar usá-lo como refém nas negociações sobre a dívida após um acordo no último dia de 2012 sobre o abismo fiscal.

O Secretário do Tesouro, Timothy Geithner, disse que o teto da dívida norte-americana deve ser atingido no meio de fevereiro e começo de março a não ser que o Congresso aceite aumentar esse teto. Caso um acordo não seja alcançado, os EUA correm o risco de enfrentarem um calote em seus empréstimos, além de ter seu rating rebaixado e entrarem em recessão.

Roubini finalizou dizendo que o país está apresentando um baixo crescimento, uma baixa inflação e abaixo da meta, e vê o país realizando novos pacotes de estímulos em 2015.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.