Roubini: Fed não deve diminuir política de estímulos em meio a dados “medíocres”

Economista, conhecido com Doctor Doom, também criticou política monetária do BoE e do BCE em coletiva realizada na Itália

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em entrevista coletiva na Itália, o economista Nouriel Roubini, ressaltou não acreditar em uma mudança na política monetária tanto do BCE (Banco Central Europeu), quanto do BoE (Banco da Inglaterra). Além disso, Roubini ressaltou ser “muito improvável” que o Federal Reserve, autoridade monetária dos EUA, comece a diminuir o ritmo de compra de títulos ainda em setembro.

O economista, conhecido como “Doctor Doom” por conta do de suas previsões pessimistas sobre a economia norte-americana afirmou que, caso ocorra a redução neste mês, ela será simbólica. 

Isso porque, segundo o economista, a economia norte-americana segue bastante frágil. Roubini cita como exemplo os dados de emprego de agosto, que mostrou uma recuperação do mercado de trabalho abaixo da esperada, com a criação de 177 mil projetados pelo mercado. Para ele, os números saíram “realmente medíocres”. Com isso, a expectativa é de que a autoridade monetária adote um tom “dovish”, (com menor agressividade), na próxima reunião. 

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Já a nova política de sinalização aos mercados anunciada pelo BCE, assim como do BoE, é “vaga e sem sentido”. A do BoE, segundo ele, é uma “meleca”. O presidente do BoE, Mark Carney, tinha se comprometido com uma política muito mais agressiva para lutar contra a alta dos juros no mercado; Roubini disse que até agora a instituição “não fez nada”. Por fim, Roubini destacou que eles devem ser mais duros caso queiram manter a sua reputação. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.