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(Bloomberg) — A Opep e aliados planejam discutir o impacto da variante ômicron do coronavírus nos mercados de petróleo na reunião desta semana, de acordo com o vice-primeiro-ministro da Rússia, Alexander Novak.
Os comentários de um dos arquitetos da Opep+ são mais um sinal de que o grupo pode reconsiderar o aumento da produção planejado para janeiro. Embora Novak tenha dito à agência de notícias Tass na segunda-feira que uma decisão precipitada não está nos planos, deixou claro que o grupo está preparado para um debate mais minucioso sobre sua estratégia.
Uma reunião do Comitê Conjunto de Monitoramento Ministerial da Opep+ “foi adiada para obter mais informações sobre os eventos atuais, incluindo a nova cepa do vírus”, disse Novak em comunicado. A aliança vai avaliar “a necessidade de medidas” para enfrentar a situação do mercado, afirmou.
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O mercado de petróleo tem oscilado nos últimos dias, com o rali de setembro e outubro seguido por uma queda repentina, em reação à onda de Covid na Europa e à nova variante, que trouxeram medidas para limitar a mobilidade.
Os contratos futuros do petróleo chegaram a cair mais de 10% em Londres e Nova York na sexta-feira em meio a temores de que a ômicron, identificada pela primeira vez na África do Sul, possa atingir a demanda. O petróleo recuperava parte das perdas na segunda-feira, negociado acima de US$ 75 o barril em Londres, enquanto operadores avaliavam a situação diante da crescente expectativa de que a Opep+ pise no freio da produção.
Ministros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e parceiros se reúnem em 2 de dezembro para definir a política de produção de petróleo para janeiro. Embora tenham concordado em aumentar a oferta em 400 mil barris por dia nas últimas reuniões, alguns delegados dizem que o poderia suspender o aumento da produção para o próximo mês. O mercado sente o impacto das medidas para frear o coronavírus e da liberação na semana passada dos estoques de petróleo de emergência por alguns consumidores de peso como os Estados Unidos.
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Novak não comentou se a Rússia apoiaria uma mudança nos planos de produção de curto prazo do grupo. No entanto, as maiores produtoras do país estão esgotando a capacidade ociosa, e a velocidade de crescimento da produção de petróleo da Rússia se desacelerou este mês. Isso pode dar motivos ao governo russo para não se opor a uma suspensão temporária do aumento de oferta da Opep+.
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