Rússia rejeita apelo e acusa EUA de provocarem “deliberadamente” a Coreia do Norte

"Parece que tudo está armado para irritar Kim Jong-un", afirmou o ministro russo das Relações Exteriores, Sergey Lavrov

Lara Rizério

Publicidade

SÃO PAULO – Após o lançamento de novo míssil nesta semana pela Coreia do Norte, os EUA agiram e pediram novas sanções contra a Coreia do Norte. Na ONU (Organização das Nações Unidas), a embaixadora Nikki Haley também solicitou que todos os países rompam relações com Pyongyang.

Porém, a Rússia rejeitou o apelo dos EUA para que Moscou interrompa os vínculos comerciais e diplomáticos com Pyongyang e, mais do que isso, acusou Washington de querer “provocar” Pyongyang.

“Nossa opinião é negativa: em várias ocasiões destacamos que a pressão das sanções se esgotou e que as resoluções que determinaram sanções implicavam necessariamente retomar um processo político e retomar as negociações”, disse o ministro russo das Relações Exteriores, Sergey Lavrov. “Os americanos ignoram estas exigências, é um grande erro”, afirmou Lavrov.

Continua depois da publicidade

O chefe da diplomacia russa foi além e afirmou que “as ações recentes dos Estados Unidos parecem ter sido dirigidas deliberadamente para provocar ações radicais de Pyongyang (…) Parece que tudo está armado para irritar Kim Jong-un”.

Além de pedir sanções na reunião do Conselho de Segurança da ONU, Nikki Haley disse que a Coreia do Norte será totalmente destruída se ocorrer uma guerra. “Nós nunca buscamos guerra com a Coreia do Norte e, ainda hoje, não a buscamos. Se ocorrer uma guerra, será por causa dos atos de agressão contínuos, como o que testemunhamos ontem”, disse Haley. A reunião foi convocada pelos Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul. “Ninguém pode duvidar que o ditador da Coreia do Norte está se tornando mais agressivo em sua obsessão pelo poder nuclear”, afirmou. 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.