Sabesp: SP decide contratar consultoria do Banco Mundial para analisar privatização; ações sobem 2,66%

Credit Suisse analisa notícia como positiva, mas vê que o mercado somente precificará uma melhor perspectiva se a opção de privatização for confirmada

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O governo de São Paulo decidiu contratar uma empresa de consultoria para fazer estudo sobre a possível privatização da Sabesp (SBSP3).

Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o ex-ministro Henrique Meirelles, hoje à frente da Secretaria de Fazenda do governo estadual, disse que “muito provavelmente” o trabalho ficará a cargo do International Finance Corporation (IFC), braço privado do Banco Mundial (Bird).

O Credit Suisse avalia a notícia como positiva, mas que acredita que o mercado somente precificará uma melhor perspectiva para a Sabesp se a opção de privatização for confirmada.

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Na avaliação do banco, com a proximidade das eleições de 2022, a privatização pode ser dificultada. O Credit, contudo, segue com recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) para os ativos SBSP3, com preço-alvo de R$ 60,90, alta de 59% em relação ao fechamento de quinta-feira.

Com a notícia, os ativos SBSP3 tiveram ganhos, fechando em alta de 2,66%, a R$ 39,31. Na máxima do dia, os ativos subiram 4,83%, a R$ 40,14.

Vale destacar que as ações da Sabesp têm registrado queda expressiva, de 13% em 2021, ante alta de 9,3% do Ibovespa no acumulado do ano até o fechamento de quinta-feira (10). Além da crise hídrica afetando os papéis da companhia, as últimas notícias sobre a privatização foram vistas como desanimadoras pelos investidores.

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No final de maio, também ao Valor, Marcos Penido, secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo, afirmou  que o Governo de São Paulo não deveria levar adiante nem a capitalização nem a privatização da Sabesp até 2022. O foco neste momento, disse ele, seria a universalização dos serviços.

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Ainda no radar da empresa, ela informou nesta quinta-feira que seu conselho de administração aprovou uma emissão de debêntures de até R$ 1,2 bilhão.

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Segundo o fato relevante, a emissão será feita em até três séries. A operação depende de que seja emitido pelo menos um bilhão de reais, sendo no máximo R$ 300 milhões da primeira série.

A oferta será destinada exclusivamente a investidores profissionais.

“Os recursos obtidos com a emissão serão destinados ao refinanciamento de compromissos financeiros vincendos em 2021 e à recomposição de caixa da companhia”, afirmou a Sabesp.

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