Saiba como o Benri pode auxiliar usinas a enfrentar crise

“O setor ainda é muito heterogêneo, por isso é importante ter um instrumento de avaliação com metodologias comparáveis para que se possa traçar planos de melhorias”, defende presidente da Usina Coruripe

Rodolfo Mondoni

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SÃO PAULO – O setor sucroenergético convive com uma longa crise que agora se soma a crise enfrentada pelo Brasil como um todo. As usinas possuem alto índice de endividamento, e sofrem com a escassez de crédito, o que torna a situação ainda mais complexa.

Em um cenário como esse, ter ferramentas que possam não apenas quantificar a produção, mas qualificar a gestão são fundamentais para as usinas e para o setor como um todo. Foi para suprir essa necessidade que surgiu, em 2013, o Biomass Energy Research Institute (Benri), sistemas de classificação que tem como objetivo analisar dados operacionais das usinas, comparar e ranquear as empresas do setor.

“O setor ainda é muito heterogêneo, por isso é importante ter um instrumento de avaliação, com metodologias comparáveis para que se possa traçar planos de melhorias”, defende Jucelino Sousa, presidente da usina Coruripe.

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Vencedora do Prêmio Visão Agro Brasil 2015, a usina teve seu primeiro contato com o Benri dois anos antes, quando passou por uma transição de gestão, deixando de ser uma empresa familiar. A nova gestão solicitou que fosse feita uma avaliação para saber como estava recebendo o negócio. “Essa fotografia original passou a ser o ponto de partida”, explicou Sousa.

Com a adoção do Benri, o grupo passou a ter mais uma forma de avaliar o negócio e, assim, identificar os pontos fortes e as fragilidades. “A cada publicação do novo rating, recebemos os indicadores, e podemos fazer uma avaliação e definir o plano de ação para melhorias”, disse.

Além de ser um instrumento que facilita a gestão operacional, Sousa acredita que o Benri, ao ganhar mais força no mercado, poderá ajudar a criar um mapeamento do setor. “Cada usina acaba utilizando seus dados, que não conversam com as outras. É preciso que haja uma equalização desses dados, feita por uma instituição confiável, para que informações sejam trocadas de maneira profissional”.

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A partir de uma base de avaliação, o Benri produz um indicador que facilita a análise da eficiência do negócio. “Isso fortalece o discurso junto a instituições financeiras. Não basta apenas olhar os balanços para ver se o negócio é sustentável”, ressalta Jucelino. 

Produção recorde

A primeira usina da companhia foi criada no município de Coruripe, em Alagoas. Atualmente a empresa possui mais quatro pólos todos no Estado de Minas Gerais: Iturama, Campo Florido, Limeira do Oeste e Carneirinho, além da Coruripe Energética. Na safra de 2014/2015, a Coruripe alcançou um recorde histórico com 13,5 milhões de cana-de-açúcar moídas.

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Somando todos seus pólos industriais, a empresa vendeu 36,6 mil toneladas de açúcar, totalizando uma receita bruta de R$ 1,09 bilhões. Foram vendidos ainda 506 mil litros e etanol, o que gerou uma receita de R$ 826 milhões. A usina de Iturama e Campo Florido produziram 683 mil Mwh de energia, e venderam 408 mil Mwh, gerando uma receita de R$89 milhões.  

Para saber mais sobre o sistema Benri, acesse: Conheça o Benri, a S&P das usinas brasileiras 

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