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SÃO PAULO – A terça-feira (4) foi de volatilidade na Bolsa, com o Ibovespa fechando com alta de 0,81%, a 54.383 pontos. O principal destaque positivo do pregão de hoje foi o Santander, que viu suas units fecharem em sua máxima intradiária, com alta de 14% em movimento misto de correção e empolgação com recompra anunciada pelo banco. Na ponta negativa, o destaque também tem como culpado o Santander, já que a Vale viu seus papéis caírem 3% após a equipe de analistas do banco espanhol cortar o preço-alvo por ADRs (American Depositary Receipts) da mineradora no fim de 2015 de US$ 14 para US$ 10,50 e declarar: “outros analistas farão o mesmo”.
A temporada de resultados também trouxe destaques para a sessão de hoje, como o Itaú Unibanco, que de acordo com analistas da XP Investimentos foi o melhor resultado divulgado até agora do setor bancário, além dos destaques negativos, como Multiplus e BR Properties.
No lado negativo do Ibovespa estiveram ainda as ações da Petrobras, que fecharam em queda em meio a rumores de que o reajuste dos combustíveis deve ser adiado novamente. E do lado oposto, estiveram as ações da Eletropaulo (ELPL4, R$ 7,25, +8,05%), que fecharam com alta de 8% em sua máxima intradiária e da Gol, que fechou “no verde” em meio ao aguardo por seus resultados para o terceiro trimestre.
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Confira os principais destaques da Bolsa hoje:
Santander (SANB11, R$ 14,05, +14,32%)
As units do Santander fecharam no topo dos ganhos do Ibovespa após divulgarem seu resultado do terceiro trimestre. O banco registrou lucro líquido societário de R$ 537 milhões no terceiro trimestre deste ano, ante resultado positivo de R$ 528 milhões no segundo trimestre. Fora o balanço, o Santander anunciou ainda um programa de recompra que abrangerá a aquisição de até 44.253.662 units, representando aproximadamente 1,16% do seu capital social. O prazo do programa é de até 365 dias contados a partir de ontem.
Em meio ao otimismo após resultado do Santander e Itaú, os papéis do Banco do Brasil (BBAS3, R$ 28,75, +5,04%) também fecharam em alta hoje.
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Vale (VALE3, R$ 24,11, -3,17%; VALE5, R$ 20,80, -3,21%)
Entre as maiores perdas do Ibovespa hoje ficaram as ações da Vale, que chegaram a cair mais de 4% na sua mínima intradiária. Acompanharam o movimento os papéis da Bradespar (BRAP4, R$ 15,21, -3,21%), holding que detém participação na mineradora. Em relatório divulgado hoje, o Santander disse que vê analistas ainda cortando as estimativas para a Vale depois do terceiro trimestre fraco e perspectivas ruins para 2015. O banco cortou o preço-alvo por ADRs (American Depositary Receipts) da mineradora no fim de 2015 de US$ 14 para US$ 10,50.
Gol (GOLL4, R$ 13,10, +3,48%)
As ações da Gol fecharam em alta após chegarem a valorização de 3,71% em sua máxima intradiária em meio ao aguardo por seus resultados para o terceiro trimestre, que deverá ser divulgado no dia 11, já na terça que vem. De acordo com Thiago Souza, analista da XP Investimentos, os investidores estão precificando uma melhora da companhia no trimestre, após longo período de prejuízos. De acordo com ele, a expectativa é que a companhia esteja com geração de caixa no positivo.
Petrobras (PETR3, R$ 14,25, 0,00%; PETR4, R$ 14,82, -0,20%)
As ações da petrolífera fecharam no vermelho nesta terça em meio a rumores de que o reajuste dos combustíveis deve ser adiado novamente. O que era para ser decidido em reunião do conselho de administração da estatal no dia 31 de outubro foi adiado para hoje, mas especulações apontam que pode ser transferido para outro dia, segundo informações da Bloomberg.
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Exportadoras
Com o dólar em alta pelo terceiro dia consecutivo em meio à dúvidas sobre a nova composição da equipe econômica do governo, as ações das exportadoras fecharam em alta hoje. Entre as maiores altas, estiveram os papéis da Braskem (BRKM5, R$ 18,70, +2,47%), Fibria (FIBR3, R$ 30,81, +2,02%), Suzano (SUZB5, R$ 10,66, +2,70%) e Embraer (EMBR3, R$ 24,00, +1,14%). Essas empresas são beneficiadas pelo movimento já que possuem suas receitas atreladas ao dólar. Nesta sessão, a moeda americana fechou com alta de 0,20%, a R$ 2,50.
Oi (OIBR4, R$ 1,27, -5,22%) e TIM (TIMP3, R$ 13,45, -0,66%)
A Oi esclareceu ontem à noite, por meio de comunicado divulgado ao mercado, que, até aquela data, não havia qualquer definição ou acordo com relação a uma estrutura para uma operação e não foram assinados quaisquer instrumentos ou propostas visando uma operação de compra da TIM. A companhia, no entanto, reiterou que contratou o BTG Pactual para atuar como comissário da empresa para desenvolver alternativas viáveis de estruturas e de funding para propiciar aquisição da Telecom Italia na TIM. Neste sentido, a operadora disse que o BTG tem mantido conversas com terceiros com relação a uma possível operação.
Hoje, a Gabelli recomendou compra aos papéis da TIM, enquanto indicou classificação de manutenção para Oi e Telefônica (VIVT4, R$ 50,34, -0,84%).
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Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 37,30, +1,91%)
As ações do Itaú Unibanco fecharam em alta nesta sessão após divulgar lucro líquido de R$ 5,404 bilhões no terceiro trimestre, ante R$ 3,995 bilhões em igual período de 2013. O banco mais uma vez mostrou o melhor resultado entre os bancos, segundo a XP Investimentos. Para os analistas, mesmo com um desenvolvimento econômico reduzido ou inexistente, a instituição continua com crescimento robusto em praticamente todas as suas fontes de geração de valor.
Além do Itaú, a Itaúsa (ITSA4, R$ 10,02, +1,83%), holding que detém participação no banco, também divulgou seu balanço do terceiro trimestre e viu suas ações subirem hoje. A empresa divulgou lucro líquido de R$ 5,7 bilhões no terceiro trimestre, ante R$ 4,193 bilhões no mesmo período do ano passado.
O conselho de administração da Itaúsa aprovou ainda o programa de recompra de até 25 milhões de ações ordinárias e 50 milhões de ações preferenciais, sem redução do valor do capital social. O programa tem prazo de 365 dias a contar a partir de amanhã.
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BB Seguridade (BBSE3, R$ 32,95, +0,43%)
Os papéis da BB Seguridade fecharam em alta após balanço do terceiro trimestre. A seguradora teve lucro líquido de R$ 822,27 milhões no terceiro trimestre, aumento de 50,1% na comparação com o mesmo intervalo de 2013, de R$ 547,832 milhões. Para a XP, mesmo com a desafiadora perspectiva de crescimento econômico, a empresa segue com uma “excelente” forma de se expor a um setor com crescimento acima da média e menos correlacionado com o desempenho agregado.
Light (LIGT3, R$ 20,25, +1,20%)
As ações da Light, distribuidora que atende cerca de 4 milhões de unidades consumidoras no Rio de Janeiro e na Baixada Fluminense, fecharam em alta nesta terça em meio à notícia de que a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou reajuste nas tarifas de energia da companhia de 19,23%. A empresa trabalhava com um reajuste de 25,04%. Em sua máxima intradiária, os papéis chegaram a alta de 1,75%.
BR Properties (BRPR3, R$ 12,10, -0,74%)
Os papéis da BR Properties fecharam em queda após balanço embora analistas apontassem antes da abertura do pregão que as ações deveriam ter reação positiva. A empresa viu seu lucro subir mais de 20% no terceiro trimestre sobre um ano antes, impulsionado pela venda de ativos. O lucro líquido da companhia foi R$ 107,9 milhões entre julho e setembro. “Embora o ambiente para propriedades comerciais tenha permanecido desafiador, os números operacionais foram resilientes, com a quinta queda consecutiva nas taxas de vacância financeiras”, disse o Itaú BBA, em relatório.
Multiplus (MULT3, R$ 49,82, -0,86%)
As ações da Multiplus também fecharam no vermelho em meio à divulgação do resultado do terceiro trimestre. A empresa de programas de fidelidade de clientes teve avanço do lucro líquido no terceiro trimestre, apoiada pela alta da receita financeira no período. A empresa teve lucro líquido de R$ 86,7 milhões no terceiro trimestre, alta de 39,4% na comparação com o mesmo período de 2013 e de cerca de 8% sobre o segundo trimestre deste ano.
Pet Manguinhos (RPMG3, R$ 0,27, -6,90%)
As ações da refinaria Pet Manguinhos fecharam com queda mais amena depois de terem caído 10,34% na mínima do dia. Apesar do desempenho de hoje, da última terça-feira até sexta-feira os papéis subiram 25%. Questionada pela BM&FBovespa, a empresa informou ontem à noite que não há nenhum fato de seu conhecimento que justifique as últimas oscilações registradas nas ações, bem como o aumento do número de negócios e quantidade negociada.