Santander prevê correção no curto prazo, muda estratégia e altera seleção de Top Picks

Analistas esperam pausa para tomar fôlego; mas, apostam em longo prazo positivo para as ações brasileiras

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Esta semana começou marcada pelo retorno de um noticiário corporativo mais tenso, o qual conduziu o Ibovespa a uma forte queda de mais de 4% na última segunda-feira. Nesta manhã, o principal índice da Bovespa ensaia uma tímida recuperação.
Este pode ser considerado um exemplo do cenário mais adverso que os analistas do Santander esperam para o mercado brasileiro de ações. Mas, muita calma. A estratégia sugerida pela instituição é definida como uma “pausa para respirar”, já que, a despeito da correção projetada para um prazo mais curto, os analistas ainda apostam no Brasil de longo prazo.
Entretanto, por ora, o Santander revisou sua estratégia para o mercado brasileiro e alterou sua seleção de Top Picks. Agora, os analistas incluíram dois papéis do segmento industrial (Romi e Randon), uma do setor imobiliário (São Carlos) e uma telecom (Brasil Telecom). Por sua vez, saíram da lista os papéis de CCR, DASA e Equatorial.

Empresa Código Recomendação
Gerdau GGBR4 Compra
Romi ROMI3 Compra
ALL ALLL11 Compra
Itaú ITAU4 Compra
Unibanco UBBR11 Compra
Dufry DUFB11 Compra
São Carlos SCAR3 Compra
Randon RAPT4 Compra
Agra AGIN3 Compra
Brasil Telecom Participações BRTP4 Compra

Mercado precisa de fôlego

A despeito de sua percepção positiva em relação ao longo prazo, os analistas acreditam que o último rali de recuperação veio muito forte e muito cedo e que, tecnicamente, o índice passou de sobrevendido para sobrecomprado em um ritmo sem precedentes. Dentro deste contexto, a expectativa é de que o Ibovespa bata no patamar dos 59.000 pontos antes de emendar uma tendência positiva mais consistente.
Por conta disso, os indicadores de risco estão deteriorados de novo. Na opinião do Santander, os potenciais catalisadores para uma correção seriam uma pausa nos cortes da Fed Funds Rate, a continuidade de um fluxo de notícias negativas sobre a economia, surpresas negativas relacionadas ao comportamento dos preços nos países desenvolvidos e uma deterioração das expectativas para os resultados corporativos.
Por outro lado, a instituição reforça que a liquidez abundante pode inibir a correção esperada caso grandes investidores interpretem o movimento como uma oportunidade de entrada.

No longo prazo, tudo bem

Já o otimismo do cenário de longo prazo é justificado pela percepção de que a sustentabilidade do crescimento econômico brasileiro segue amplamente intacta mesmo no caso de uma deterioração do quadro global.
Ademais, o boom no mercado de capitais brasileiro e a crença de que o mundo é capaz de sobreviver a uma recessão nos Estados Unidos também reforçam o argumento da instituição.

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