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SÃO PAULO — Com resultado recorde mesmo em meio à pandemia de coronavírus, a Marfrig (MRFG3) não descarta a possibilidade de fazer um IPO nos Estados Unidos. Segundo Miguel Gularte, CEO das operações na América do Sul, eles estão trabalhando para deixar a empresa pronta para essa operação, caso ela seja aprovada em algum momento pelo Conselho de Administração.
“Nosso mandato é no sentido de deixar a empresa pronta. Se isso em algum momento, por decisão do conselho, do controlador, tiver que vir para a mesa, a empresa estará pronta, o dever de casa vai estar feito”, disse o executivo em live do InfoMoney.
“A receita da Marfrig é 93% em dólar (…) e praticamente 94% do nosso Ebitda é gerado em dólar. A Marfrig é uma operação, uma empresa, muito dolarizada. (…) A empresa está preparada para capturar qualquer oportunidade que vier, mas no momento não há nada na mesa. Tanto é que a decisão de IPO é uma decisão do Conselho”, completou Tang David, CFO do grupo, que também participou da entrevista.
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A live faz parte da série Por dentro dos resultados, em que CEOs e CFOs de empresas abertas comentam os resultados do ano e respondem dúvidas de quem estiver assistindo. Nos próximos dias, haverá lives com Marisa, Hermes Pardini, d1000, Profarma e outras companhias (veja a agenda completa e como participar).
Os executivos falaram ainda sobre como o aumento nas exportações da companhia ajudou o balanço do trimestre. “Antes, a proporção de mercado interno e exportações era cerca de 50% a 50%. Hoje, as exportações chegam a 68%”, disse Gularte. O executivo comentou que, por causa da companhia, a regra agora é preservar caixa.
Gularte e David comentaram ainda sobre a intenção da companhia de distribuir dividendos aos acionistas em 2021. Eles falaram também da JV que deve ser aprovada em breve para a produção de hambúrguer vegetal e como esse mercado tem potencial para crescer nos próximos anos.
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O grupo teve lucro de R$ 1,6 bilhão no segundo trimestre de 2020, contra ganho de R$ 87 milhões um ano antes. O Ebitda ajustado da empresa somou R$ 4,1 bilhões, mais do que triplicou na comparação anual. A margem (dívida sobre Ebitda) foi recorde, passando de 9,1% para 21,5%. Já a receita líquida cresceu 54,2%, para R$ 18,9 bilhões.
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