“Se pudesse, colocaria todo o meu dinheiro na Coreia do Norte”, diz investidor bilionário

"Estou muito animado sobre a Coreia do Norte. Se eu pudesse colocar todo o meu dinheiro na Coreia do Norte, eu o faria. Grandes mudanças estão ocorrendo lá", afirmou o famoso investidor Jim Rogers para a CNN Money

Lara Rizério

Jim Rogers (crédito: Wikimedia Commons)
Jim Rogers (crédito: Wikimedia Commons)

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SÃO PAULO – O famoso investidor bilionário Jim Rogers fez fortuna investindo aonde muitos têm medo de colocar o seu dinheiro. Hoje, ele está no circuito de conselheiros internacionais, uma vez que o mercado está em constante procura por suas dicas de investimento.

E, em meio a esse cenário, a CNN Money fez perguntas sobre quais são os alvos de investimento de Rogers. O investidor respondeu sobre várias questões, como investimento em China, Rússia, dólar e fez uma confissão curiosa: ele investiria na Coreia do Norte se pudesse. 

“Estou muito animado sobre a Coreia do Norte. Se eu pudesse colocar todo o meu dinheiro na Coreia do Norte, eu o faria. Grandes mudanças estão ocorrendo lá. Eu não teria investido na época do pai ou no avô de Kim Jong Un, mas isso é como dizer que, em 1980, você não deve investir na China por causa de Mao Zedong. Mao estava morto e Deng Xiaoping estava fazendo grandes mudanças. Eles estão fazendo grandes mudanças na Coreia do Norte. O garoto está fazendo mudanças surpreendentes”, afirmou.

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Rogers ainda destacou estar otimista sobre a China, apesar da desaceleração econômica e que está comprando mais ações do país. “Devemos comprar quando as coisas estão difíceis”, afirmou, destacando que agora, por uma série de razões, os chineses buscam encorajar o mercado de capitais.

Ao falar sobre dólar, Rogers destacou que tem uma posição importante na moeda mas que, ao ver que a divisa tem registrado um movimento “direto de alta”, há com o que se preocupar. “As pessoas percebem o dólar como um refúgio seguro. É surpreendente que a maior nação devedora da história vai ter uma bolha em sua moeda”.

Sobre a Rússia, Rogers destaca que é o mercado de ações mais deprimido do mundo. “[O mercado] é odiado. Estou comprando ações russas. Eu comprei recentemente na agricultura e eu sou o diretor de uma empresa de fertilizantes. Eu comprei alguns títulos do governo russo – em rublos. Desde o colapso do rublo, as taxas de juros estão muito, muito altas”, afirmou.

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Rogers ainda falou que não pensa em voltar para Nova York – seguirá na Ásia. “Eu ainda sou um cidadão americano, um contribuinte americano, um eleitor americano, mas eu estou feliz por viver aqui na Ásia”, afirmou.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.