Publicidade
SÃO PAULO – Esta semana não tem sido fácil para os “comprados no mercado”. A China teve uma série de dados fracos depois da forte desvalorização do yuan na semana passada e os Estados Unidos preocuparam com sinais de que pode elevar os juros em setembro. Com isso, não é só a nossa Bovespa que enfrenta dias ruins, mas a maioria dos grandes índices globais e de commodities entraram em uma trajetória de forte queda.
Muitos atribuem o movimento ao enfraquecimento das economias emergentes, que sofreram desvalorizações em massa dos seus câmbios depois da queda da moeda chinesa. Cazaquistão, Rússia, Gana, Gunié, Colômbia, Bielorrússia, Turquia, Malásia e Argélia viram depreciações cambiais esta semana.
Veja os principais dados negativos do mercado esta semana:
Continua depois da publicidade
1. Pior semana de Wall Street desde 2011
Os índices Dow Jones e S&P 500 tiveram suas piores semanas desde 2011. Preocupações com a desaceleração da economia global levaram os dois principais benchmarks da Nyse (New York Stock Exchange) a recuar mais de 4%, o que é uma queda considerável para os padrões do mercado norte-americano. O índice Nasdaq, que mede o desempenho de ações de tecnologia, tem desempenho ainda pior, e caminha para sua terceira pior semana nos últimos cinco anos.
2. Pior fechamento do Ibovespa desde março de 2014
A trajetória de queda do Ibovespa levou o índice a devolver o rali eleitoral de 2014, quando investidores passaram a comprar ações brasileiras pensando que o governo atual seria derrotado nas eleições presidenciais, o que para muitos significaria a mudança da política econômica para menos “intervencionista” e mais pró-mercado. Atualmente, a Bolsa opera em níveis que só não são menores do que os de 17 de março de 45.117 pontos.
3. Menor nível do petróleo desde 2009
O petróleo WTI (West Texas Intermediate) caiu abaixo de US$ 40 pela primeira vez desde fevereiro de 2009 hoje. A OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) produziu mais de 32 milhões de barris em julho, de acordo com estimativas da Bloomberg e da Reuters.
Continua depois da publicidade
4. Pior pregão das bolsas europeias desde 2011
O principal índice europeu de ações marcou nesta sexta-feira seu maior declínio diário em quase quatro anos, acompanhando outros mercados globais diante de crescentes preocupações com a economia chinesa, com muitos investidores ainda cautelosos com as perspectivas de curto prazo. O índice FTSEurofirst 300 recuou 3,4%, a 1.427 pontos.
5. Menor nível do S&P desde fevereiro
O S&P chegou na mínima do dia a cair abaixo dos 2 mil pontos pela primeira vez desde fevereiro deste ano. A bolsa dos EUA refletiu o PMI (Índice Gerente de Compras, na sigla em inglês) da China, que caiu de 47,8 pontos para 47,1 pontos. Com isso, a atividade do setor industrial do gigante asiático encolheu ao ritmo mais elevado em quase 6 anos e meio em agosto, alimentando temores de desaceleração na segunda maior economia global.
6. Petróleo na maior sequência semanal de quedas desde 1986
O barril do WTI não só chegou a operar abaixo dos US$ 40 como também marcou sua sexta semana consecutiva de queda. É a mais longa sequência de baixas semanais desde quase três décadas atrás. Em 1986 o petróleo caiu por 10 semanas consecutivas.