Souza Barros lidera ranking de carteiras do InfoMoney no 1º semestre

SÃO PAULO – Após três meses de forte perdas, o Ibovespa terminou junho com ritmo mais ameno, ao registrar queda de 0,25%, com o mercado mais aliviado com a conclusão da reunião de cúpula da União Europeia, que abriu novos caminhos na tentativa de contornar a crise da região. 

O reflexo foi visto na performance das carteiras de ações recomendadas pelas corretoras durante junho, que apresentou um rendimento médio positivo de 1,90%, quebrando uma sequência de dois meses negativos. Das 21 carteiras acompanhadas, apenas duas foram piores que o Ibovespa no sexto mês do ano.

Quem apostou em defensivas se deu bem
Figuraram no topo do ranking as casas de análise que optaram por empresas de setores mais defensivos, como a Sabesp (SBSP3) e Cemig (CMIG4). Por outro lado, os bancos e corretoras que optaram por apostar em companhias ligadas a petróleo e mineração viram suas rentabilidades amargarem fortes quedas, como no caso da OGX (OGXP3) – o pior desempenho do ano -, Petrobras (PETR4) e MMX (MMXM3), que caíram 59,62%, 12,98% e 12,29% em 2012, respectivamente.  

Com isso, a performance média no acumulado do ano continua positiva em 10,04%., superior em 14,27 p.p. frente ao índice.

TOV é destaque positivo no mês
A TOV liderou o ranking do Portal Infomoney durante junho, com rentabilidade de +5,14%, 5,39 p.p. acima do Ibovespa. A segunda posição ficou a carteira Omar Camargo, com +4,89%, seguida pelo portfólio da PAX, com desempenho de +4,39%.

As duas primeiras carteiras tiveram em comum os papéis da Cemig (CMIG4, +6,68%), que pode explicar em parte o desempenho dos portfólios. No caso da TOV, também se destacaram os ativos da Natura (NATU3, +8,55%) e Hypermarcas (HYPE3, +7,62%), ajudando a ofuscar o único desempenho negativo da carteira – Petrobras (PETR4,  -4,60%).

Já para a Omar Camargo, as apostas nas ações da Souza Cruz (CRUZ3, +9,26%) e RaiaDrogasil (RADL3, +8,88%) mostraram-se acertadas, enquanto o papel da Brasil Foods (BRFS3, -2,82%) foi o único com variação negativa.

Inva Capital assume a lanterna
Por outro lado, aparece na última posição a carteira da Inva Capital, que mostrou rendimento negativo de 8,42% no mês -8,17 p.p. abaixo do Ibovespa. Em junho, apenas duas das onze ações sugeridas pela corretora apresentaram valorização, enquanto os maiores destaques de queda ficaram com os papéis da OGX (OGXP3, -46,60%), CSN (CSNA3, -12,39%) e Restoque (LLIS3, -11,23%).

Com esse rendimento, a carteira da Inva Capital aparece como a única com queda mais acentuada do que o índice de ações no acumulado do ano, com rentabilidade negativa de 6,25%, 2,02 pontos percentuais abaixo do benchmark.

Souza Barros mantém liderança anual
Após o resultado de junho, a melhor carteira no acumulado do primeiro semestre foi a da Souza Barros, que acumula 32,58% de ganhos, ou 36,81 pontos percentuais acima do Ibovespa. A Geral Investimentos também permanece em boa colocação, com o segundo melhor desempenho acumulado em 2012, de 29,83%, 34,06 p.p. acima do benchmark da bolsa.

Na outra ponta do ranking, além da Inva Capital, apenas outra carteira mostra performance negativa em 2012: a Socopa (-2,19%). Apesar disso, ela está superior ao Ibovespa em 2,04 p.p..

Metodologia
Para realizar o levantamento de maio, o InfoMoney utilizou carteiras de ações recomendadas para o período mensal por 21 corretoras e bancos: Ativa, BB Investimentos, Bradesco Corretora, BTG Pactual, Coinvalores, Geração Futuro, Geral Investimentos, Gradual Investimentos, HSBC, Inva Capital, Octo, Omar Camargo, PAX, Planner, SLW, Socopa, Souza Barros, TOV, UM Investimentos, WinTrade e XP Investimentos.

Importante ainda destacar que:

 1. O InfoMoney considerou a primeira publicação de cada uma destas carteiras nos referidos meses, não levando em consideração eventuais mudanças promovidas pelas corretoras e bancos em suas carteiras recomendadas no decorrer de mês.

2. As cotações consideradas nas comparações de desempenho são as de fechamento do último dia útil de cada mês, considerando sempre a cotação ajustada em um eventual provento que ocorrer no período (dividendo, juros sobre capital próprio, subscrição, desdobramento etc).

3. Utilizando metodologia semelhante à adotada no cálculo da carteira teórica do Ibovespa, o desempenho considerado das carteiras recomendadas em 2012 é cumulativo.

4. A partir de setembro de 2011 passamos a adotar apenas uma carteira recomendada para cada corretora. Após informarmos as corretoras que possuíam mais de uma carteira no ranking sobre essa nova metodologia, decidimos junto com elas qual o único portfólio que seria utilizado e quais seriam excluídos.