Stone anuncia investimento de até R$ 2,5 bilhões no Banco Inter e ganha vaga no conselho da instituição

O preço por Unit que a Stone concordou em pagar é de R$ 57,84, e leva em consideração o desdobramento dos papéis na proporção de um para três

Estadão Conteúdo

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A empresa de maquininhas Stone vai investir até R$ 2,5 bilhões no Banco Inter (BIDI11), que vai realizar uma oferta primária de ações (“follow on”) na B3 em paralelo a esse investimento. Com o aporte, a companhia listada na Nasdaq terá até 4,99% do capital do Inter. A Stone terá direito a um assento no conselho do Inter, entrará para o acordo de acionistas e afirma que a parceria poderá levar seus clientes ao shopping virtual (marketplace) do banco, entre outros benefícios.

O preço por Unit que a Stone concordou em pagar é de R$ 57,84, e leva em consideração o desdobramento dos papéis na proporção de um para três, aprovado na última semana. Esse investimento colocará a Stone junto aos atuais controladores do Banco Inter – os Menin, que comandam a empresa através da Inter Holding Financeira, que detém 35,35% do capital.

A empresa fechará um acordo de acionistas com os atuais controladores do Inter, e através dele, terá direito de preferência caso haja mudança no controle do banco. Esse direito terá validade de seis anos e estará sujeito a determinados limites de preço, de acordo com comunicado da companhia. A Stone terá direito a ocupar um dos nove assentos do conselho da instituição.

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A Stone destaca, no mesmo comunicado, que o Inter tem uma base de usuários com mais de 10 milhões de clientes e um histórico comprovado no desenvolvimento de produtos e serviços, de contas bancárias ao marketplace.

O aporte será feito através da emissão de novas ações pelo Inter, e será acompanhado de uma oferta desses papéis ao mercado. A Stone deu garantia de compra, em valor que equivale a US$ 471 milhões, antes mesmo da coleta de intenções de investimento (“bookbuilding”) da oferta. O modelo, conhecido como “cornerstone”, é comum em ofertas de ações no mercado internacional, em especial na Ásia, e é diferente dos investidores-âncora, que colocam suas intenções de investimento durante o “bookbuilding”.

Todo o aporte será feito através de caixa e dívidas contraídas especificamente para a transação. A empresa de pagamentos afirma que não levantará recursos adicionais para financiar a compra das ações.

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O JPMorgan foi o assessor financeiro da Stone. A assessoria legal ficou por conta de Spinelli Advogados, Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados.

Parcerias

De acordo com a Stone, as duas empresas estão analisando as parcerias que podem fechar a partir da concretização do investimento. Algumas delas são a conexão dos comerciantes credenciados à Stone ao marketplace do Inter, o InterShop, a integração dos serviços de pagamento via dispositivos móveis das empresas e a troca de experiências e capacidade de desenvolvimento de produtos.

Além disso, a Stone destaca que o Inter pode auxiliá-la na melhoria de suas ofertas de capital de giro aos clientes. Neste ponto, a empresa vislumbra parcerias na oferta de investimentos em renda fixa, através de fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs), por exemplo.

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