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A Suzano (SUZB3) anunciou um novo aumento de US$ 30 por tonelada para o preço de lista da celulose de fibra curta em pedidos para o mês de julho, exclusivamente para o mercado asiático, afirmou a companhia nesta quinta-feira.
A produtora de papel e celulose havia anunciado em maio uma elevação na mesma magnitude para entrar em vigor em junho.
As ações da Suzano subiram 3,62%, a R$ 48,34, entre as maiores altas do Ibovespa, que teve acréscimo de 0,13%. No setor, Klabin (KLBN11) avançou 1,64%.
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Em relatório a clientes, analistas do Bradesco BBI afirmaram que uma segunda rodada de aumentos de preços estava dentro das suas expectativas, mas olhando à frente não veem catalisadores positivos relevantes para os preços continuarem em alta.
Entre os argumentos, Thiago Lofiego e equipe citam nova capacidade chegando ao mercado no segundo semestre de 2023 e ao longo de 2024, demanda fraca do usuário final nos principais mercados, e estoques de produtores e portos acima do normal.
Também avaliam que o movimento de reabastecimento pode perder força na China, já que os estoques foram pelo menos parcialmente recompostos, e estimam que se os preços ultrapassarem US$ 530 produtores integrados de celulose que reduziram produção interna provavelmente retomarão a produção.
O Morgan Stanley avalia que, se o aumento de preço anunciado se mantiver, os preços na China podem chegar a cerca de US$ 530 a tonelada em julho.
“Isso está de acordo com nossa expectativa de que os preços de madeira de lei na China aumentarão em direção, mas permanecendo abaixo do custo marginal de produção no 2S23. Os analistas do banco projetam o preço médio da celulose na China em média a US$ 553/t no 3T23.
“O anúncio, em nossa opinião, sugere que a gestão vê uma melhora nas condições de mercado na China”, aponta o Morgan, que tem recomendação overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra).
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(com Reuters)
