Taesa (TAEE11) tem queda de 43,6% no lucro trimestral, mas ações sobem com ajuda de dividendos

Já a margem Ebitda alcançou 81,1% no 4º trimestre de 2021, alta de 6,2 p.p. na comparação com igual trimestre de 2020.

Equipe InfoMoney

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A Taesa (TAEE11) reportou lucro líquido consolidado de R$ 423,1 milhões no quarto trimestre de 2021 (4T21), o que representa uma redução de 43,6% em relação ao mesmo período de 2020. No ano, a elétrica lucrou R$ 2,213 bilhões, recuo de 2,2% na comparação com 2020.

Segundo a Taesa, explica o resultado os menores investimentos nos empreendimentos em construção com impacto negativo na margem de implementação de infraestrutura da companhia; o aumento das despesas financeiras líquidas; e o IGP-M menor registrado entre os períodos comparados (0,02% no 4T21 contra 11,24% no 4T20), que afetou negativamente a receita de correção monetária e a equivalência patrimonial.

Junto com o resultado, o Conselho de Administração da empresa aprovou proposta de destinação do lucro de 2021, que inclui a distribuição de dividendos de R$ 800,3 milhões, equivalentes a R$ 2,32 por units, que ainda será submetida à deliberação da assembleia de acionistas.

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Sendo aprovado, o dividend payout será de 80,9% do lucro líquido – e de 99,1%, excluindo os efeitos do CPC 47 – e uma distribuição total de R$ 5,20 unit referente ao exercício social de 2021. Em 29 de dezembro, a companhia pagou o montante de R$ 523 milhões em entre dividendos e e JCP, totalizando R$ 1,6 bilhão de proventos pagos no ano.

Os papéis TAEE11 fecharam em alta de 0,91%, a R$ 37,70.

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Analistas destacam dividendos da Taesa

Para o Itaú BBA, os números do balanço foram considerados positivos, com um Ebitda recorrente apresentando forte crescimento, para R$ 447 milhões e dentro da previsão. Além disso, empresa propôs distribuição de R$ 1,8 bilhão para o exercício de 2021, “muito acima do esperado”, sendo R$ 5,20 por ação e 14% de rendimento.

Segundo o Credit Suisse, a Taesa apresentou resultados regulatórios em linha com as expectativas (melhor que o consenso), beneficiando-se de ajustes de receita e startup de Janauba, apesar de maiores despesas gerenciáveis. A linha de fundo perdeu as estimativas devido a piores resultados financeiros e renda de capital mais fraca.

Entretanto, os resultados do IFRS continuaram fortes com o IGP-M alto e a empresa anunciou R$ 800,3 milhões em dividendos (6,2% dividend yield), acima das expectativas, negociando ex até 10 de maio. No mais, o Credit Suisse não vê esses dividendos como sustentáveis ​​no longo prazo (principalmente com juros mais altos).

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Mais dados do balanço da Taesa (TAEE11)

A receita líquida IFRS somou R$ 717 milhões no 4T21, queda de 38,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A empresa explica que o desempenho foi “em função da redução da correção monetária do ativo contratual e da implementação de infraestrutura, em parte compensada pelas maiores receitas de operação e manutenção e pela remuneração do ativo contratual”.

Já a receita líquida regulatória atingiu a cifra de R$ 550,9 milhões entre outubro e dezembro do ano passado, alta de 43,8% na comparação ano a ano.

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O lucro antes do juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) regulatório cresceu 55,8% na comparação com igual etapa de 2020, totalizando R$ 447 milhões.

Já a margem Ebitda alcançou 81,1% no 4º trimestre de 2021, alta de 6,2 p.p. na comparação com igual trimestre de 2020.

O Resultado de Equivalência Patrimonial Regulatória no 4T21 totalizou R$ 26,0 milhões, 18,8% menor que o registrado no 4T20.

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De acordo com a Taesa, o desempenho é explicado basicamente pelas maiores despesas financeiras relativas a 1ª emissão de debêntures de Ivaí, como resultado da alta do IPCA, mas compensado em parte pelo reajuste inflacionário do ciclo da RAP 2021-2022.

A despesa financeira líquida IFRS totalizou R$ 223,5 milhões no 4T21, 15,9% maior que o registrado no 4T20.

Projetos

A Taesa confirmou que tem cinco empreendimentos de transmissão em andamento. Ananaí, o maior lote leiloado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em dezembro do ano passado, com 363 km e localizado entre São Paulo e Paraná, esta é fase de licença e execução de projeto. O empreendimento é 100% da Taesa.

Dos cinco empreendimentos em andamento, três deverão ser entregues nos primeiros meses do ano. Especificamente o de Paraguaçu, de 338 km e construído entre Bahia e Minas Gerais, está sendo reavaliado o projeto, pois o trecho de passagem da transmissão foi fortemente atingido pelas chuvas, mas a entrega está mantida para o início de 2022.

A conclusão em setembro do ano passado de Janaúba, 100% controlado pela Taesa e maior projeto greenfild já entregue pela companhia, adicionou o valor de R$ 213,6 milhões de Receita Anual Permitida (RAP) à empresa. Localizado entre os estados de Minas Gerais e Bahia, o empreendimento possui 542 km de extensão e consumiu quase R$ 1 bilhão em investimento.

Taesa registra crescimento da dívida

Em relação à dívida líquida, a companhia informou que houve um aumento de 29,1%, a R$  8,025 bilhões.

Dessa forma, o índice de alavancagem, medido pela relação entre dívida liquida e o Ebitda ajustado foi de 4,2 vezes, uma elevação de 0,4 vez em relação ao 4T20.

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