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SÃO PAULO – A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) divulga nesta sexta-feira (21) um megainventário de ativos que estão nas mãos das operadoras de telefonia fixa e precisarão ser devolvidos à União quando vencerem os contratos de concessão assinados em 1998 e prorrogados até 2025.
Segundo publicação do Valor Econômico, são mais de 8 milhões de itens – de cabos a orelhões, passando por centrais telefônicas e os edifícios onde funcionam as sedes administrativas das empresas, até equipamentos de energia – informados pelas concessionárias e auditados pela agência reguladora.
A conclusão do levantamento é que o valor contábil disso tudo chega a R$ 17,3 bilhões. Ou seja, se o governo fosse receber de volta as concessões de telefonia fixa hoje, teria que pagar esse valor às operadoras.
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Só as duas maiores empresas detêm 81% dos bens reversíveis, como são chamados os ativos que devem voltar para a União ao fim dos contratos, renovados em 2005. Cerca de R$ 7,3 bilhões se referem a bens mantidos por Brasil Telecom e Telemar, que se fundiram em 2008. Outros R$ 6,7 bilhões são da Telefônica (VIVT4), concessionária no Estado de São Paulo.
A Embratel (EBTP4) tem R$ 2,9 bilhões. O restante se divide entre duas concessionárias menores – a CTBC (que atua em regiões de MG, SP, GO e MT) e a Sercomtel (do município paranaense de Londrina).