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A Terra Santa (LAND3), empresa exclusivamente focada no mercado imobiliário rural, apresentou nesta terça (10) os resultados do primeiro trimestre de 2022 (1T22) e, em teleconferência com analistas de mercado, ressaltou o não interesse de aumentar o seu portfólio de terras.
“A gente não tem intenção de usar a receita de arrendamento e de manejo florestal para comprar novas fazendas”, disse José Humberto Teodoro, CEO da companhia. A receita, de acordo com o executivo, será destinada ao pagamento de dividendos.
Atualmente, a empresa possui 80,5 mil hectares em área total, divididas em sete fazendas localizadas no estado do Mato Grosso – cindo dessas fazendas estão arrendadas a SLC Agrícola.
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“O que nós fizemos nesse ano que passou foi o pagamento do percentual máximo permitido de dividendos, 95% do lucro líquido”, disse o executivo.
“O que a gente planeja fazer é que toda a receita de arrendamento, o plano é convertê-la em dividendos, ou seja, pagamos as despesas e o lucro vira dividendos”, destacou José Humberto Teodoro.
Arredamentos como geração de receita
Segundo o executivo, o arrendamento de terras representa 96% dos negócios da empresa, e uma parte do restante é oriunda de venda de madeira a partir de manejo florestal.
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Em abril de 2022, de acordo com reportado pela empresa, houve o recebimento de R$ 95,9 milhões referente ao contrato de arrendamento com a SLC (SLCE3) para a safra 2021/22. Estes recursos serão utilizados para amortização de dívidas, pagamento dos dividendos anunciados e compromissos operacionais da companhia, de acordo com o relatado no balanço pela empresa.
Comparativo de lucro líquido não se mostra adequado
A Terra Santa reportou lucro líquido de R$ 315 mil no primeiro trimestre de 2022, um recuo de 98,6% frente ao mesmo trimestre de 2021, que foi de R$ 23,4 milhões.
Segundo a empresa, comparabilidade com dados dos períodos anteriores não se mostra adequada, visto que os dados históricos referem-se aos dados da até então subsidiária integral da Terra Santa Agro, enquanto que os dados correntes passam a incorporar despesas operacionais e financeiras que migraram da controladora (Terra Santa Agro) para a Terra Santa Propriedades Agrícolas.
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A companhia operava no segmento de parceria e comercialização agrícola até agosto de 2021, quando concluiu-se o processo de incorporação de ações da empresa pela SLC Agrícola. A partir de setembro de 2021 a empresa passou a explorar exclusivamente o arrendamento de suas propriedades agrícolas.
Às 12h49 (horário de Brasília), os ativos LAND3 caíam 1,56%, a R$ 29.66.
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