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O Reino Unido anunciou hoje (14) a expulsão de 23 diplomatas russos do país, em resposta ao “desprezo” e ao “sarcasmo” com os quais Moscou respondeu ao caso Skripal.
Em um pronunciamento ao Parlamento, a primeira-ministra Theresa May explicou a posição da Rússia diante do ultimato dado ontem para prestar esclarecimentos ao ataque com uma substância química contra o ex-espião russo Serghei Skripal, em Salisbury, na Inglaterra.
Skripal foi atacado em um shopping center, junto com sua filha, Yulia. Os dois estão em estado grave. Londres acusa Moscou de tentar assassinar o ex-espião, que foi condenado na Rússia por ser agente duplo e também atuar para os serviços de inteligência britânicos. Mas o país de Vladimir Putin nega a acusação, alegando que se trata de uma conspiração contra a imagem da Rússia.
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May tinha estabelecido um prazo para Moscou se pronunciar, o qual terminara ontem. No entanto, a Rússia se limitou a ironizar o ultimato e negar envolvimento.
É a segunda maior expulsão de diplomatas da história do Reino Unido e a maior nas últimas três décadas. Os 23 terão uma semana para deixar o país. May também decidiu que não enviará representantes do governo, nem da família real, para a Copa do Mundo da Rússia de 2018, que começa em junho.
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Após o ataque ao ex-espião, o Reino Unido decidiu reabrir investigações da morte de 14 russos no país, ocorridas nos últimos anos.
A premier ainda anunciou que serão adotadas sanções econômicas e apreensão de patrimônio de russos no Reino Unido que sejam suspeitos de ligação com o ataque, e medidas de restrição em voos entre os dois países.
“O uso, em solo europeu, de um agente nervoso militar (Novichok) é chocante e representa uma ameaça aos civis”, criticou, por sua vez, a Comissão Europeia. “Estamos acompanhando a situação de perto”.
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O Conselho de Segurança das Nações Unidas foi convocado para uma reunião nesta tarde, às 15h de Nova York. O encontro foi solicitado pelo Reino Unido.