Usinas já fixaram preços para mais de 66% das exportações do Brasil, diz Archer

No mesmo período do ano anterior, as usinas haviam fixado apenas 24,40 por cento das exportações estimadas

Reuters

Publicidade

SÃO PAULO – As usinas do Brasil mantiveram em dezembro um ritmo forte de hedge de preços de açúcar para a safra 2016/17 e já fixaram ante os contratos futuros de Nova York 66,6 por cento de suas exportações projetadas, favorecidas pela fraqueza do real frente ao dólar, estimou a empresa de análises Archer Consulting em nota nesta segunda-feira.

No mesmo período do ano anterior, as usinas haviam fixado apenas 24,40 por cento das exportações estimadas.

“Comparativamente às últimas quatro safras, o percentual acumulado de fixação de 66,60 por cento para a 2016/2017 é o mais alto já visto”, disse o sócio-diretor da Archer, Arnaldo Luiz Correa.

Continua depois da publicidade

No início do mês anterior, as fixações haviam alcançado 55,75 por cento.

Agora, com base na quinta estimativa da Archer sobre o assunto, o volume fixado subiu para 15,738 milhões de toneladas de açúcar, de uma exportação total de 25,12 milhões de toneladas.

O preço médio fixado atingiu 13,71 centavos de dólar por libra-peso, ou seu equivalente em 1.188,62 reais por tonelada (base FOB), acrescentou a consultoria, dizendo que a estimativa é referente a 31 de dezembro de 2015.

Continua depois da publicidade

O dólar médio obtido pelas usinas é de 3,7796 reais, acrescentou a Archer, ressaltando que o modelo admite um erro para mais ou para menos de 2,78 por cento do preço encontrado.

“Não há dúvida de que a desvalorização do real em relação ao dólar tem incentivado às usinas a travarem seus preços em reais, que também atingem recorde.”

(Por Roberto Samora)