UST afetando Ethereum é exemplo de como DeFi pode colapsar criptos, diz Goldman Sachs

O risco de contágio relacionado à perda de paridade da UST atingiu o Ethereum depositado em um protocolo de renda passiva, afirmou o banco

CoinDesk

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Um efeito pouco notado do colapso da TerraUSD (UST) está relacionado ao Lido, um protocolo de staking de liquidez de Ethereum (ETH), disse o Goldman Sachs em um relatório na sexta-feira (20). No documento, o banco de investimentos mostra como as conexões entre aplicativos de finanças descentralizadas (DeFi) amplificam o risco sistêmico das criptomoedas.

O Lido é um aplicativo DeFi que permite que os detentores de ETH bloqueiem tokens para validar transações e, ao mesmo tempo, obter renda passiva.

Os investidores recebem um token de Staked Ethereum Token (stETH), um ativo sintético com preço pareado com o ETH na proporção de 1:1, e podem usá-lo como garantia para empréstimos ou em pools de negociação suportados, disse o banco.

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Os detentores de stETH, no entanto, também podiam converter seus tokens stETH em Bonded Ethereum (bETH), uma versão do ETH na rede Terra (Luna) que podia ser usado para ganhar recompensas no protocolo Anchor, o mesmo usado por usuários da stablecoin TerraUSD (UST) para obter renda passiva.

O colapso da UST, portanto, acabou atingiu o stETH pela ligação com o bETH, fazendo o token ser negociado com um preço 4,5% menor do que o Ethereum “original”, explica o Goldman.

Dessa maneira, de acordo com o relatório, o stETH ficou vulnerável às interrupções da blockchain Terra e tiveram os resgates prejudicados.

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O episódio é importante porque o protocolo Lido tem um terço de todo o Ethereum em staking. Para o Goldman, o caso mostra como “a capacidade de composição do DeFi pode teoricamente aumentar o risco sistêmico”.

DeFi é um termo genérico usado para empréstimos, negociações e outras atividades financeiras realizadas em uma blockchain, sem intermediários tradicionais.

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