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SÃO PAULO – Depois de um pregão de correção ontem, o Ibovespa engatou alta de 1,24% nesta terça-feira (24), voltando para o patamar dos 76.350 pontos, puxado principalmente pelas ações ligadas a commodities e ao setor financeiro. Vale e siderúrgicas subiram mais de 3%, enquanto a Petrobras avançou 2%.
Em meio ao bom humor, apenas 12 das 59 ações que compõem a carteira teórica do índice encerraram em queda nesta sessão. Lideraram as perdas os papéis da Cielo, Taesa e JBS.
Destaque também para as ações da Fibria, que praticamente zerou os ganhos de até 5,77%, a R$ 56,13, registrados mais cedo. A companhia deu início hoje à temporada de balanços do 3° trimestre, com lucro líquido atribuído aos sócios da empresa controladora de R$ 742,3 milhões, quase 26 vezes maior do que o registrado no mesmo período de 2016.
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Veja abaixo os destaques da bolsa desta sessão:
Fibria (FIBR3, R$ 53,25, +0,34%)
As ações da Fibria chegaram a subir 5,77% na máxima do dia, a R$ 56,13, mas amenizaram os ganhos ao longo do dia. A companhia abriu hoje a safra de resultados do 3° trimestre com lucro líquido atribuído aos sócios da empresa controladora de R$ 742,3 milhões no terceiro trimestre de 2017, quase 26 vezes maior do que o registrado no mesmo período de 2016. O lucro líquido consolidado do período totalizou R$ 743,4 milhões, ante R$ 31,7 milhões no terceiro trimestre de 2016.
Já a receita líquida somou R$ 2,84 bilhões, 24% acima do registrado na mesma base de comparação, em meio à alta dos preços da celulose e do ligeiro aumento no volume vendido. Porém, a receita ficou 4,1% abaixo da estimativa, de acordo com estimativas da Bloomberg. O Ebitda ajustado foi de R$ 1,26 bilhão, alta de 66% na base de comparação anual e perto da projeção de R$ 1,28 bilhão.
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Para o BTG Pactual, o resultado foi bom mas marginalmente abaixo do esperado, com Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) 4% menor que o previsto e 2% abaixo do consenso. Ainda assim, os analistas destacam que a leitura para a frente segue positiva e “momentum” de lucro deve prevalecer, com mais aumentos de preço. O Foex na China aumentando forte na comparação semanal, em quase US$ 20 a tonelada (preço em US$ 720 a tonelada) – o que significa que a implementação dos ajustes está boa, comentaram. A ação segue como “top pick” do banco.
Petrobras (PETR3, R$ 16,85, +2,12%; PETR4, R$ 16,51, +1,91%)
As ações da Petrobras subiram na esteira dos preços do petróleo no mercado internacional, que subiram após o ministro da Energia da Arábia Saudita comentar que o acordo de corte de produção “deu mais certo do que o esperado” e completar dizendo que os produtores podem fazer mais para equilibrar o mercado. Em Londres, os contratos futuros do Brent registravam alta de 1,67%, a US$ 58,33 o barril, enquanto os contratos do WTI, negociados em Nova York, fecharam em alta de 1,1%, a US$ 52,47 o barril. No radar, a Petrobras anunciou a redução de 0,3% no preço do diesel e elevação de 1,7% no preço da gasolina nas refinarias, com reajustes válidos a partir de amanhã (25). Vale (VALE3, R$ 33,83, +3,42%) e siderúrgicas Acompanharam o dia positivo as ações das siderúrgicas, com Gerdau (GGBR4, R$ 12,02, +3,35%), Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 5,69, +2,34%), CSN (CSNA3, R$ 10,02, +1,83%) e Usiminas (USIM5, R$ 10,02, +3,83%). Oi (OIBR4, R$ 3,88, -1,27%)
A Oi informou que foi adiada de 6 para 10 de novembro a data de sua assembleia de credores, que estava inicialmente prevista para ocorrer nesta segunda-feira, a pedido do administrador judicial. A segunda convocação da assembleia foi mantida no dia 27 de novembro. De acordo com a coluna do Broad, do Estadão, o adiamento de última hora da assembleia saiu caro para a companhia, que gastou ao menos R$ 5 milhões com a preparação do evento. Esse custo envolveu a diária de pavilhão no Riocentro – apto a receber 6 mil pessoas -, além de equipes internas e terceirizadas para organizar chegada, credenciamento e votação dos participantes. A Oi disse ainda que não chegou a um acordo com pessoas físicas titulares de “notes” para uma possível reestruturação e injeção de capital por meio de aumento de capital de mais de R$ 3,5 bilhões, em mais uma revés para a companhia. “Embora as negociações entre a companhia e cada titular de Notes possam continuar no futuro, não há como garantir que negociações continuarão ou, caso continuem, que as mesmas resultarão em um acordo com relação aos termos da potencial operação”, disse a companhia. O processo de recuperação judicial da empresa de telecomunicações é o maior da história nacional, com dívidas de R$ 65 bilhões e 55 mil credores. JBS (JBSS3, R$ 7,75, -0,13%)
De acordo com fontes ouvidas pela Bloomberg, a JBS está perto de vender a Five Rivers, dos EUA. A JBS está em conversas adiantadas com um investidor com profundo conhecimento do negócio nos EUA, de acordo com as fontes. Já a JBS não quis comentar o assunto. A Five Rivers, que opera nos EUA e no Canadá, é a maior empresa de confinamento do mundo e fazia parte do negócio de carne que a JBS comprou da Smithfield Foods por US$ 565 milhões em 2008. Helbor (HBOR3, R$ 2,16, +1,89%)
A Helbor divulgou sua prévia operacional, com um total de vendas contratadas de R$ 212 milhões no terceiro trimestre de 2017, alta de 45% na comparação anual. A empresa não lançou novos projetos no terceiro trimestre, segundo comunicado ao mercado. Entre janeiro e setembro, lançamentos somaram R$ 387,9 milhões, enquanto o total de distratos foi de R$ 150,3 milhões entre julho e setembro. Ser Educacional (SEER3, R$ 32,79, +2,18%)
A Ser teve alta de 25,9% na captação de alunos de graduação no terceiro trimestre, com a matrícula de 23,1 mil novos alunos de graduação em comparação a 18,4 mil novos alunos no mesmo período em 2016, diz a Ser em comunicado. A captação total de alunos incluindo pós-graduação foi 24,9 mil alunos, alta de 23,5% em comparação ao mesmo período do ano passado. Segundo o BTG Pactual, o resultado da captação da companhia foi bom (presencial subiu 15% na comparação anual), com destaque para o ensino à distância (+77% frente ao mesmo período do ano passado). Para os analistas, o que mais incomodou (assim como na Kroton) foi a evasão, com ensino presencial subindo 37% ano a ano, ofuscando a mensagem boa de captação. “De qualquer forma, cabe destacar que, além da captação e evasão, temos que entender a dinâmica de ticket médio e ciclo de caixa e, falando com a companhia, tanto preço quanto recebíveis devem melhorar no 3° trimestre. A empresa tomou decisão estratégica de não afrouxar preço. Dito isto, no geral, apesar da evasão pior que levou a uma base final ligeiramente abaixo do que tínhamos no presencial, o EAD forte e a boa aptação, com boa mensagem de preços/recebíveis podem fazer a leitura ser mais positiva”, comentaram os analistas do banco. Kroton (KROT3, R$ 18,48, +1,82%)
De acordo com a coluna do Broad, do Estadão, o esforço da Kroton pela compra de ativos de ensino básico está a todo vapor. A companhia chegou a se aproximar da Eleva, holding do Gera Venture Capital, do bilionário Jorge Paulo Lemann. A proposta era ficar com 50% do negócio e, para tal, a empresa chegou a oferecer um múltiplo de 25 vezes o Ebitda da Eleva, mas o acordo não avançou. Procurada pelo jornal, a Kroton afirmou que não comenta rumores de mercado, enquanto a Eleva não respondeu até o fechamento da edição do jornal. Recomendações
A Via Varejo (VVAR11, R$ 23,60, +4,84%) teve recomendação elevada para “overweight” (exposição acima da média do mercado) pelo JPMorgan, com preço-alvo de R$ 30. Já a Smiles Fidelidade (SMLS3, R$ 93,01, +2,21%) tem recomendação “outperform” (desempenho acima da média) pelo Bradesco BBI, com preço-alvo de R$ 110, enquanto a Multiplus tem recomendação neutra. Vale ressaltar que, na última sexta-feira, o Santander rebaixou a recomendação de Multiplus (MPLU3, R$ 39,90, -0,97%) de compra para “underperform” (desempenho abaixo da média do mercado), enquanto a Smiles foi elevada de neutra para compra. Eletropaulo (ELPL4, R$ 14,95, +1,15%) e Light (LIGT3, R$ 18,84, +1,29%)
As distribuidores de energia devem ter reação negativa à avaliação preliminar da Aneel sobre o custo de capital das companhias, segundo relatório do Safra escrito pelo analista Kaique Vasconcellos. O custo de capital conhecido como WACC fica em 7,24% contra 7,33% estimado e 8,09% atualmente, diz o analista. A estimativa preliminar do WACC deve ser colocada em audiência pública antes de decisão final da Aneel. As empresas mais afetadas são Eletropaulo e Light; a redução do WACC de 8,09% para 7,24% afeta negativamente o valuation dessas distribuidoras em 29% e 18%, respectivamente. Já a Energias do Brasil e a Copel teriam um impacto negativo de 6%, enquanto a Equatorial e a Cemig teriam um impacto negativo de 5%. Biotoscana (GBIO33, R$ 23,20, -3,25%)
A Biotoscana anunciou processo de realinhamento da sua estrutura administrativa para melhor se adequar à estratégia da companhia. Mariano García-Valiño, CEO do Grupo, será diretamente responsável por supervisionar o Brasil e a Argentina, as duas maiores operações da empresa de forma a ganhar velocidade e se concentrar em novos lançamentos em regiões fundamentais, segundo o comunicado. Também foi criado o cargo de Vice-Presidente Executivo da Região dos Andes, que Banco Pan (BPAN4, R$ 1,92, +1,05%)
O Banco informou que “está engajado atualmente em discussões referentes à potencial alienação da participação acionária que detém na Stone Pagamentos”, segundo comunicado. “Na presente data, o Banco Pan não pode confirmar se chegará a um acordo com os potenciais interessados sobre os termos e condições da transação”. Ontem, as ações do banco dispararam 9,83%, a R$ 1,90, com forte volume financeiro de R$ 1,27 milhão, contra média diária de R$ 420,9 mil dos últimos 21 pregões.
As ações da Vale tiveram alta nesta sessão, na esteira do dia de recuperação do mercado doméstico e apesar da falta de apetite dos investidores pelo minério de ferro. Hoje, os contratos futuros da commodity negociados na bolsa chinesa de Dalian caíram 0,22%, a 458 iuanes.
será ocupado por Julieta Serna. O COO Jorge Ramos se desligará da companhia.