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SÃO PAULO – O noticiário corporativo tem como destaque mais informações sobre a venda da operação móvel da Oi para TIM, Claro e Vivo, a ocorrência de um incêndio em instalações da empresa na Nova Caledônia, da Vale, o lançamento de empreendimentos por Tecnisa e EzTec, entre outros destaques. Confira abaixo:
Vale (VALE3)
A Vale informou na segunda-feira a ocorrência de um incêndio em instalações da empresa na Nova Caledônia, um território do governo francês no Pacífico. Segundo a mineradora, o foco do incêndio, que teve início às 17h (horário local), foi localizado na mina e infraestrutura associada da empresa. Segundo o jornal Valor, foi causado por manifestantes que exigem a independência da ilha. Até o momento, o incêndio não foi atribuído a um grupo específico.
A Vale afirmou em comunicado que o corpo de bombeiros e forças militares (gendarmes) estiveram no local durante a noite.
“A planta, localizada a 7 km de distância, permanece segura e sob proteção dos Gendarme”, disse, acrescentando que “repudia os atos de violência e reafirma seu comprometimento com a segurança e proteção dos empregados da VNC e da comunidade”.
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A companhia já havia comunicado na última quinta-feira a interrupção das operações da Vale Nouvelle-Calédonie (VNC), citando as manifestações pró-independência do território francês.
Pouco antes do início dos protestos, a empresa havia anunciado a venda de sua planta de níquel no local. A venda foi fechada com um consórcio liderado pela atual administração e funcionários da Vale Nouvelle-Calédionie, com a Trafigura, multinacional com sede em Cingapura, como acionista minoritária. A Vale vinha tendo dificuldades em rentabilizar a operação.
Ao anunciar a venda, a Vale afirmou que a operação garantiria “a continuidade da exploração e do desenvolvimento da usina com o respeito de suas responsabilidades sociais e ao meio ambiente por uma nova empresa (que recebeu o nome) Prony Resources, na qual investidores locais controlam 50%”.
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O anúncio da venda aconteceu depois de vários dias de bloqueios e confrontos com as forças de segurança.
Independentistas da FLNKS (Frente de Libertação Nacional Socialista Kanak), do grupo “Usine du sud: usine pays” e do Ican (fórum de negociação autóctone) defendem o nacionalismo da área de mineração, e fazem oposição total à presença da Trafigura. Eles apoiavam uma oferta distinta, em associação com a Korea Zinc, que foi rejeitada pela Vale antes que o grupo coreano anunciasse na segunda-feira a saída da disputa.
Já no radar das commodities, os futuros do minério de ferro na China avançaram após uma sessão volátil nesta terça-feira, apoiados por persistentes preocupações com a oferta do material usado na fabricação do aço e com fortes dados sobre a produção industrial chinesa. O contrato mais ativo do minério de ferro na bolsa chinesa de Dalian DCIOcv1, para maio, encerrou com alta de 1,5%, a 994 iuanes (US$ 151,66) por tonelada, após ter chegado a superar a marca de 1.000 iuanes durante a sessão. A marca já havia sido atingida antes na sexta-feira.
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Os embarques de minério de ferro da Austrália e do Brasil recuaram pela segunda semana entre 7 e 13 de dezembro, em 1 milhão de toneladas, ou 4,7%, para 22,7 milhões de toneladas, segundo a consultoria Mysteel.
Oi (OIBR3;OIBR4), Telefônica Brasil (VIVT3), Claro e TIM (TIMS3)
TIM, Telefônica Brasil e Claro, da América Móvil, venceram o leilão para comprar as operações de redes móveis da Oi por R$ 16,5 bilhões na segunda, afirmaram as empresas. As três companhias, que apresentaram uma proposta inicial em julho, planejam dividir os ativos da Oi assim que obtiverem aprovação antitruste. A Oi, que pediu recuperação judicial em 2016, está vendendo uma série de ativos para levantar fundos e pagar seus credores.
Caberá à TIM o maior desembolso, de 44% dos valores de Preço Base e Serviços de Transição, perfazendo aproximadamente R$ 7,3 bilhões. “Com relação ao financiamento desta aquisição, a TIM, considerando seu baixo endividamento e as condições de mercado atuais, entende ser possível financiá-la através do mercado de dívida local e de sua geração de caixa”, disse a empresa. O grupo abocanhará aproximadamente 14,5 milhões de clientes (40% da base total da UPI Ativos Móveis).
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Já a Telefônica será responsável por 33% do Preço Base e Serviços de Transição, equivalente a aproximadamente R$ 5,5 bilhões, e terá aproximadamente 10,5 milhões de clientes (correspondendo a aproximadamente 29% da base total da UPI Ativos Móveis).
A Claro será responsável pelo pagamento de R$3,7 bilhões (aproximadamente 22% do preço de compra). O grupo terá ainda 32% da base total de clientes da UPI Ativos Móveis, de acordo com a base de acessos da Anatel de abril/2020.
O Credit Suisse avalia que a compra da Oi Móvel pelo consórcio formado por suas concorrentes não surpreende, mas deve ser bem recebida pelos investidores. O banco avalia que todos os atores envolvidos devem se beneficiar, com os clientes da Oi sendo divididos entre as participantes do consórcio. Menos competição e mais escala devem ampliar a lucratividade das empresas.
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A Vivo deve recuperar sua posição como líder em termos de espectro, absorvendo 47% do total da Oi e chegando a 185 MHz, levemente à frente de Claro. Deve receber também 10,5 milhões de subscrições, 29% do total, mantendo sua posição como líder de mercado. O banco diz acreditar que a empresa vai bancar a compra por meio de contração de dívida.
A TIM deve reduzir significativamente a diferença de espectro frente à concorrência, recebendo 49 MHz, ou 53% do total. Assim, ficará com 12% a menos do que a líder Vivo, frente os 34% de diferença anteriores. Também receberá 14,5 milhões de subscrições, 40% total, um número relevante, aumentando em 6 pontos percentuais sua participação no mercado.
A Claro deve aumentar sua participação no mercado, recebendo 11,6 milhões de subscrições, ou 32% do total, ampliando em 5 pontos percentuais sua participação no mercado. Mas não receberá nenhum espectro, devido à aquisição recente da Nextel, que já a aproximou do limite legal no Brasil.
E a Oi deve receber um valor superior ao pedido mínimo, de R$ 15 bilhões, o que dará espaço para executar mudanças definidas no plano de recuperação judicial, diz o Credit Suisse.
Cogna (COGN3)
A Cogna Educação prepara o lançamento de um marketplace de educação voltado para jovens e adultos que vai integrar produtos próprios com outros oferecidos por terceiros, na expectativa de preservar seus negócios em meio à crise gerada pela pandemia, afirmou na segunda o presidente-executivo da empresa, Rodrigo Galindo, em apresentação on-line.
“A plataforma (de marketplace) pode ser no médio e longo prazos transformadora para nossa organização”, disse Galindo. Ele não mencionou o cronograma de lançamento.
Segundo o executivo, o marketplace vai permitir expandir o mercado da Cogna no Brasil dos atuais R$ 56 bilhões para R$ 121 bilhões em 2025.
O marketplace oferecerá produtos como cursos de ensino superior, livres, técnicos e de idiomas, além de serviços como orientação vocacional e até financeiros, disse o executivo. Ele afirmou que o marketplace já tem 16 vendedores parceiros incluindo nomes como Saraiva Jur, Cursos Livres e Consultoria da Educação.
Ultrapar (UGPA3)
A Ultrapar, em esclarecimento à CVM após notícia de que estuda vender a Oxiteno por mais de R$ 1 bilhão, afirmou em comunicado que está avaliando alternativas estratégicas para seu negócios Oxiteno, que incluem potencial desinvestimentos.
De acordo com a empresa, o movimento tem como contexto a restruturação e consolidação na indústria química global e busca viabilizar a continuidade da expansão e do fortalecimento da Oxiteno, desenvolvida pelo grupo há mais de 40 anos.
EzTec (EZTC3)
A EzTec anunciou o lançamento da torre residencial Signature by Ott, localizado na Zona Sul da cidade de São Paulo, a 900 metros do Parque da Aclimação. A torre possui 104 unidades de alto padrão, com áreas que variam de 120 a 176 m² gerando um Valor Geral de Vendas (VGV) total de R$ 194,5 milhões com 50% de participação da EZTEC, resultando em R$ 97,3 milhões de VGV para a companhia.
Tecnisa (TCSA3)
A Tecnisa anunciou o lançamento de dois empreendimentos residenciais na cidade de São Paulo, com um total R$ 254 milhões em VGV.
O primeiro, chamado de Auguri Mooca, é localizado no bairro da Mooca, Zona Leste da cidade, e possui uma torre, com 68 unidades residenciais de 3 ou 4 suítes, entre 152 e 179 metros quadrados de área privativa e VGV de R$ 125 milhões, com participação de 100% da Tecnisa.
O segundo empreendimento está localizado na Vila Romana, Zona Oeste da cidade, composto por uma única torre residencial, com 140 unidades entre 80 e 132 metros quadrados, com VGV de R$ 139 milhões e participação de 100% da Tecnisa.
Méliuz (CASH3)
O Bradesco BBI iniciou a cobertura das ações da Méliuz, startup de cupons de descontos, com recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) com preço-alvo de R$ 20 (potencial de alta de 48% frente o fechamento da véspera). O banco avalia que a empresa tem uma “clara vantagem competitiva” no sentido de contratar quadros especializados, o que deve permitir que continue a inovar em um ritmo mais rápido, tornando-a sua “top pick” no setor de tecnologia na América Latina.
O banco avalia que a Méliuz enfrenta riscos e oportunidades ao entrar em novos segmentos por meio de fusões e aquisições, e destaca que entre os clientes da empresa estão gigantes brasileiros, como Magalu, Submarino e VVAR. A empresa já entrou no segmento financeiro, oferecendo cartões de crédito em parceria com o Banco Pan, e o Bradesco diz que espera que avance sobre outras frentes, como empréstimos.
Atualmente, a Méliuz contabiliza 13 milhões de clientes, dos quais 3,6 milhões são usuários ativos. Além disso, apesar de ser o maior ator em seu setor, sua participação no mercado deve ser de apenas 2,9% em 2020, o que o Bradesco BBI interpreta como sinal de que há espaço para crescer. O banco espera crescimento da receita total de 40% entre 2020 e 2023, e destaca que ela cresceu 213% nos últimos três anos.
Camil (CAML3)
O Bradesco BBI iniciou cobertura da empresa de alimentos Camil com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 11,62, o que configura um potencial de valorização de 3% em relação ao fechamento da véspera. O banco afirma que a empresa está realizando uma boa estratégia de diversificação, mas diz que sua valorização se encontra em um patamar “justo”.
Até o momento neste ano, a empresa registrou valorização em 30 pontos percentuais acima da média da Bovespa, à medida que investidores compraram de acordo com o aumento do preço do arroz. Mas o Bradesco BBI avalia que, assim como ocorreu em 2008 e 2009, os maiores fatores a impulsionarem a alta dos preços são temporários -choques de oferta e compras feitas pela população em pânico. Os estoques devem aumentar em 2021 no Brasil, avalia o Bradesco BBI.
Ecorodovias (ECOR3)
A Ecorodovias registrou queda de 7,4% no volume de tráfego consolidado de suas rodovias de 16 de março a 13 de dezembro, frente a período similar de 2019, de acordo com dados divulgados pela empresa de concessão nesta terça-feira.
O período leva em conta a data em que foram anunciadas as primeiras medidas de isolamento social no país para tentar conter a pandemia da Covid-19.
A performance representa uma pequena melhora frente ao declínio apurado entre 16 de março e 6 de dezembro (-7,7%). Na rodovia dos Imigrantes, um dos principais ativos da empresa, a redução no tráfego passou de 9,2% para 8,9% na mesma base de comparação.
(Com Agência Estado e Reuters)
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