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SÃO PAULO – Apesar de haver papéis que são quase consenso de mercado – como a Vale (VALE3, VALE5), desde dezembro de 2009 a ação mais recomendada nas carteiras mensais – cada gestor tem suas preferências, em especial quando se sai do campo das blue chips para empresas menores.
No 4º Congresso de Value Investing Brasil, quatro gestores se dedicaram a explicar exatamente qual a ação em que apostam. Marcio Brito, da Jardim Botânico Investimentos, elegeu a Mills (MILS3) como uma de suas escolhas.
Mills
Segundo ele, a empresa vai se beneficiar dos investimentos em infraestrutura em todas as áreas, já que fornece formas e escoramentos para obras de construção pesada, andaimes, serviços de isolamento térmico e materiais para a construção civil pesada e residencial.
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Além disso, o gestor destacou que a divisão de serviços industriais deve garantir uma receita recorrente, porque a manutenção periódica é essencial na construção civil. Brito frisou ainda a competência e experiência da diretoria, os sucessos em aquisições e crescimento orgânico, e o valuation atrativo dos papéis.
“Esperamos mais quatro ou cinco anos de sucesso – contratos são de longo prazo, visibilidade de lucros de pelo menos dois anos”, afirmou Brito.
Ultrapar
Outra empresa considerada uma boa aposta pelo gestor é a Ultrapar (UGPA4). Segundo Brito, todas as vezes em que ele olhava para a empresa, achava o papel caro – o que não impediu as cotações de subirem de forma consistente, “quase como renda fixa”, brincou o gestor.
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A petroquímica, segundo ele, mudou muito nos últimos cinco ou dez anos, passando de uma empresa muito concentrada em commodities – e, por isso, muito exposta aos ciclos – para uma companhia focada em especialidades.
Hoje, explica Brito, a Ultrapar é fornecedora de anticongelantes, cosméticos, vernizes, entre outros, atendendo diversos setores da indústria. “Noventa por cento da receita é distribuição de derivados de petróleo, que é interessantíssimo”, completa o gestor.
Brito também se disse bastante satisfeito com as aquisições realizadas pela empresa, como no caso da Texaco e da Ipiranga. “Aquisição da Ipiranga foi excelente, colocou fim a ineficiências”.
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“Quando se investe em uma empresa bem administrada, há risco de surpresas positivas – nesse caso, proposta para transformar as ações PN em papéis ON e migrar para o Novo Mercado”, aponta o gestor, que vê a Ultrapar alçando voos ainda mais altos. Segundo ele, além do baixo downside para as projeções, o papel pode negociar a R$ 32 – 22,56% acima da última cotação de fechamento.