Varejistas dão lugar para empresas de consumo não-cíclico nas carteiras do mês

Pão de Açúcar reaparece nas carteiras e AmBev mantém atratividade; já Hypermarcas e Lojas Renner perdem espaço

Nara Faria

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SÃO PAULO –  Os ativos do setor de consumo e varejo apresentaram uma dinâmica diferente nas carteiras de recomendações para outubro. No destaque positivo, aparecem os papéis do Pão de Açúcar (PCAR4), que haviam sumido das carteiras de recomendações nos último meses, mas que em outubro foram sugeridas em quatro diferentes carteiras recomendadas.

Para a Citi Corretora, a atratividade da companhia deve-se à uma combinação de valuation atrativo e perspectiva de melhora nos resultados operacionais na comparação com o trimestre anterior. Além disso, a corretora estima por um crescimento dos lucros acima de 20% em 2012, além de ser considerado um papel mais defensivo, pelo fato de suas operações estão concentradas no mercado doméstico, na venda de itens básicos, como alimentos, confere menor vulnerabilidade aos resultados.

Vale lembrar que a Rallye, controladora da Casino, anunciou neo dia 6 de outubro que aumentou sua participação no Pão de Açúcar para 48,1%. Com a operação, a participação conjunta da Rallye e do Casino no Pão de açúcar passou de 45,9% no final de agosto, para 48,1% agora. “Essa aquisição reafirma que a Rallye, bem como o Casino, estão confiantes e comprometidos com o Brasil e o Grupo Pão de Açúcar”, diz o documento.

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AmBev permanece atrativa
No mesmo sentido, as ações da AmBev (AMBV4) permanecem atrativas, segundo avaliação da Geral Investimentos, aparecendo em sete carteiras, ante as seis do mês anterior, devido à  percepção de que a empresa  continua intacta para o longo prazo. “Acreditamos que em 2012 o incremento nos volumes deve melhorar, outro ponto positivo é a expansão das operações com a construção de uma fábrica em Pernambuco, além de inovações como o lançamento recente da marca Budweiser”, explicam os analistas da corretora. 

Assim como o Pão de Açúcar, essas empresas possuem uma demanda menos elástica se comparado com as varejistas do setor de vestuário, tornando-se mais atrativas nesse momento de incertezas na economia.

Hypermarcas e Lojas Renner perdem recomendações
A piora na situação econômica global e as incertezas acerca da inflação na economia brasileira fizeram com que os especialistas de mercado reduzissem o otimismo em relação a algumas empresas de varejo. É o que caso por exemplo da Hypermarcas (HYPE3), que após ter sido lembrada em seis portfólios em setembro, recebeu apenas uma recomendação em outubro – vale mencionar que esses ativos desabaram 33,73% no mês passado, tendo sido a maior queda do Ibovespa no período.

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Já a Lojas Renner (LREN3) viu seu número de indicações cair de seis para cinco na passagem mensal. A Ativa Corretora, que apesar de manter as ações da varejista em sua carteira recomendada, acreditando que as vendas deverão se normalizar já no próximo trimestre, destaca que pode haver uma forte desaceleração do crescimento das vendas mesmas lojas nos resultados do terceiro trimestre de 2011, em função da extensão do período de frio especialmente no Sul e Sudeste, destaca a própria companhia.

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