Via Varejo despenca 23% e CSN dispara 28%: confira as maiores altas e baixas de fevereiro

SÃO PAULO – O Ibovespa encerrou o mês de fevereiro com queda de 1,86%, mas ainda segura valorização de 8,76% neste ano em meio a semanas de forte volatilidade em decorrência, principalmente, das idas e vindas da reforma da Previdência.

Das 65 ações que fazem parte do principal índice da B3, 49 encerraram em queda, sendo 11 delas com mais de 9% de perdas, enquanto 16 papéis fecharam o mês positivo. 

Com a temporada de balanços com força total, os resultados entregues pelas empresas foram decisivos para o desempenho dos papéis neste mês, tanto nos ganhos como nas perdas. 

Na ponta positiva, destaque para as ações da CSN (CSNA3) com ganhos de quase 30% impulsionados pelo pregão do dia 21, quando o papel disparou 9,4% após a companhia reportar lucro líquido 369% maior que o observado no quarto trimestre de 2017. O lucro foi favorecido pelo reconhecimento de créditos fiscais.

A perspectiva de preços mais altos do minério nos próximos anos, o menor risco de alavancagem e uma redução no custo de capital da CSN, somados ao balanço, empolgou analistas e investidores.

Do outro lado, na maior queda do Ibovespa, as ações da Via Varejo (VVAR3) registraram metade da sua perda do mês em um só dia. Coincidentemente no mesmo dia em que a CSN empolgou acionistas, a Via Varejo derreteu 10% após o Pão de Açúcar anunciar nova venda de participação na companhia.

O grupo vendeu 3,09% de sua participação no capital da empresa, através de uma operação de TRS (Total return swap) firmado com uma instituição financeira brasileira, o que pressionou os papéis da empresa. O  GPA já havia feito operação semelhante com o Santander em dezembro para que o banco venda ao longo do ano 50 milhões de ações da Via Varejo, equivalente a 3,86% de participação na VVAR3. 

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Segundo o GPA, a empresa continua focada em vender a participação na Via Varejo para um investidor estratégico, e se isso não ocorrer até o fim deste ano, a mesma poderá ser feita o mercado a mercado.

No mesmo dia, a XP Research avaliou que esses anúncios feitos elevam incerteza sobre o processo de venda da Via Varejo para um investidor estratégico, o que adiciona ainda mais pressão ao papel em um momento de baixa para a companhia em meio aos resultados poucos animadores do quarto trimestre. 

Confira as maiores altas do mês:

Confira as maiores baixas de fevereiro: