Vibra (VBBR3): da negativa da Petrobras (PETR4) à reestruturação organizacional, o que esperar para as ações?

Semana foi movimentada para a Vibra, com pressão no início dela com a negativa da Petrobras, mas com anúncio de reestruturação visto como positivo

Felipe Moreira

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A semana que se encerrou foi movimentada para a Vibra (VBBR3). Logo na segunda-feira (29), a ação caiu quase 4% após a Petrobras (PETR4) negar, em comunicado ao mercado na noite da sexta passada, que estivesse participando de qualquer ação coordenada com a Previ ou outra instituição com o objetivo de adquirir as ações de emissão da empresa.

Em análise recente, o Bradesco BBI apontou que a eventual compra, a depender do cenário, poderia desencadear uma forte valorização das ações. 

O banco destacou que existem várias interpretações sobre se o movimento geraria direitos de tag along (em caso de mudança de controle, garantia que os acionistas minoritários tem de vender suas ações a um preço similar ao que os acionistas majoritários receberam) ou não, e o resultado dependeria se a Previ seria considerada parte do mesmo grupo econômico.

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Embora a Previ vote separadamente do Governo em outras entidades, como a Eletrobras (ELET3;ELET6), algumas interpretações legais afirmam que ela pertence ao mesmo grupo econômico, destacaram os analistas. Isso levaria a um possível desfecho em que as compradoras teriam que fazer uma oferta pela empresa inteira, o que desencadearia uma pressão compradora para os papéis.

Na sequência, na última terça-feira (30), a companhia anunciou uma reestruturação organizacional, criando duas novas vice-presidências e nomeando Augusto Ribeiro como novo CFO e Clarissa Sadock como Diretora de Renováveis. O movimento foi considerado positivo pelo Credit Suisse, uma vez que o mercado esperava a substituição do CFO há algum tempo.

O Bank of America comentou que apesar de Ribeiro não ter experiência direta em distribuição de combustíveis ou energias renováveis, ele é um nome bem conceituado entre a comunidade de investidores e traz uma experiência substancial de gestão como CFO, já que ocupou o mesmo cargo em grandes empresas no Brasil como BRF, Iochpe-Maxion e, mais recentemente, PicPay.

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Na avaliação de analistas do banco americano, a ampla experiência de Ribeiro pode trazer novos insights valiosos para a Vibra.

Com relação a nova Vice-Presidência de Energias Renováveis ​​e ESG, o Bank of America aponta que Clarissa Sadock também é um nome bem conceituado e parece bem qualificada para o cargo devido a sua experiência de quase duas décadas no setor.

A executiva deixou a presidência da AES, onde estava há 18 anos, e foi para a Vibra. Em janeiro de 2021, foi promovida a CEO, tendo anteriormente 3 anos de experiência como CFO. Durante sua gestão, a AES assinou um pré-contrato com o complexo do Pecém para avançar nos estudos para viabilizar a produção de 2 GW de hidrogênio verde e produzir 800 mil toneladas de amônia verde.

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O Itaú BBA também destacou que Clarissa Sadock possui vasta experiência e formação adquirida ao longo de 17 anos de trabalho no mercado de energia renovável, onde ocupou diversos cargos executivos. Desde 2021, ela foi CEO da AES Brasil. Antes disso, foi CFO da AES Tietê.

Augusto Ribeiro tem 25 anos de experiência que incluem posições-chave em diversas empresas, em áreas como Controladoria, Finanças, Administração e Relações com Investidores.

Já Aspen Andersen é o atual vice-presidente da divisão de TI e Digital da Vibra. ele tem 22 anos de experiência e está na empresa desde 2003, tendo exercido vários cargos de gestão.

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O Itaú BBA mantém avaliação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra), com preço-alvo de R$ 28, o que representa um potencial de valorização de 65,4% frente a cotação de fechamento da última quinta-feira (1) de R$ 16,93. O Bank of America também reiterou recomendação equivalente à compra e preço-alvo de R$ 26.

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