Vibra (VBBR3): experiência de novo CEO é positiva, mas Ernesto Pousada terá desafios, apontam analistas

Pousada tem mais de 30 anos de experiência em administração de empresas e vem atuando como CEO da VLI desde novembro de 2019

Felipe Moreira

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A Vibra Energia (VBBR3) anunciou na noite de segunda-feira (28) que seu Conselho de Administração elegeu Ernesto Pousada para o cargo de presidente da empresa, para assumir o cargo em 1 de fevereiro do ano que vem.

Pousada tem mais de 30 anos de experiência em administração de negócios e atualmente é CEO da VLI (desde novembro de 2019), empresa de logística com Vale (VALE3), Brookfield e Mitsui como acionistas).

Apesar de seu nome não estar entre os candidatos especulados por investidores e pela imprensa, “ele traz sólida experiência para a Vibra, o que deve ser útil para continuidade da estratégia de negócios da empresa”, comenta JP Morgan.

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Na mesma linha, o Morgan Stanley destaca que embora uma solução externa não tivesse sido descartada, o mercado esperava que o novo CEO provavelmente viesse de dentro da empresa, das indústrias de petróleo e gás ou de energia renovável.

Analistas do Morgan acreditam que a logística é um componente importante da indústria de distribuição de combustível, e a sólida experiência em gerenciamento de Pousada pode contribuir muito para a Vibra. “Também acreditamos que o CEO trabalhará em estreita colaboração com o Conselho, que é composto por profissionais de mercado altamente experientes”.

Para Bradesco BBI, Ernesto Pousada é um executivo altamente experiente que tem a experiência necessária para liderar a Vibra e contribuir para o gerenciamento/desenvolvimento de projetos na Comerc, comercializadora de energia.

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“Um dos principais desafios deve ser sua falta de experiência no setor de distribuição/varejo de combustíveis e, portanto, ele terá que contar fortemente com a equipe atual da Vibra. A Vibra também terá o desafio de manter fortemente motivados os principais gestores que eram candidatos ao cargo de CEO”, diz o relatório do BBI.

Analistas do Citi avaliam a escolha do CEO como positivo para a tese de investimento da empresa.

Recomendação de compra reiterada para Vibra

O Citi acredita que a empresa tem boas perspectivas de crescimento por meio da Comerc e de suas joint ventures na área de renováveis. Em uma avaliação relativa, enxerga a empresa negociando múltiplos mais baixos em comparação com seus pares, corroborando com sua classificação de compra e preço-alvo de R$ 30, o que representa potencial de valorização de 87% frente a cotação de segunda-feira (28) de R$ 16,04.

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Goldman Sachs também mantém recomendação de compra para Vibra, com preço-alvo de R$ 25,10, pois vê a empresa negociando a um preço atraente, EV/Ebitda – que compara o valor da empresa com sua capacidade de geração de caixa – de 5,3 vezes, cerca de 35% abaixo de sua média histórica, juntamente com uma potencial melhoria nas margens à frente.

BBI reitera classificação outperform (equivalente à compra) e preço-alvo de R$ 34, um potencial de alta de 112% em relação ao preço de fechamento da véspera.

Morgan Stanley mantém avaliação overweight para Vibra, com preço alvo de R$ 24, pois o valuation da ação é favorável, e a Vibra está mostrando sua recuperação desde seu IPO, permitindo-lhe oferecer margens superiores em relação aos seus pares.