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A XP iniciou cobertura para Vittia (VITT3) com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 18,90 para o final de 2023, o que representa um potencial de valorização de 71% em relação ao fechamento da última sexta-feira (27). Para os analistas Leonardo Alencar e Pedro Fonseca, a visão sobre o papel é positiva, já que a alta dos preços de fertilizantes tende a ter impacto positivo nos biofertilizantes, um dos principais produtos da companhia.
Os analistas também destacam em relatório que a tecnologia tem sido adotada pela agricultura brasileira e, embora o setor seja relativamente novo, a Vittia tem 50 anos de experiência e uma plataforma de comercialização robusta. Essas duas características ajudaram a empresa a fazer uma série de fusões e aquisições nos últimos anos.
A empresa tem suas raízes na fundação da Biosoja, em 1971, inicialmente focada na produção de inoculantes. Atualmente é formado por seis empresas diferentes, quatro delas adquiridas após a entrada do private equity BRZ Investimentos na empresa em 2014.
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“Embora haja um forte apelo ESG [sigla em inglês para denominar as melhores práticas ambientais, sociais e de governança corporativa – ou ASG, em português] para reduzir o uso de produtos químicos no curto prazo, em nossa opinião, o melhor resultado sustentável deve ser aumentar os rendimentos e, portanto, a produção, especialmente agora que a sombra da inflação de alimentos paira sobre o mundo”, diz a XP.
Os analistas explicam que, embora os agricultores já estejam familiarizados com os biofertilizantes e inoculantes, os biopesticidas ainda são novidade para a maioria deles, por isso ainda é preciso um histórico de eficácia do produto nas principais culturas.
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“No geral, o uso de produtos biológicos na produção se correlaciona com o nível de tecnologia da fazenda, não com seu tamanho, de modo que o perfil de clientes da Vittia é misto e principalmente granular, acarretando em maiores despesas de vendas e alongando seu capital de giro devido à demanda de crédito”, diz a XP, sobre os riscos da companhia.
A casa prevê um CAGR [taxa de crescimento anual composta] de receita líquida de 13,8% para 2021 e 2024, juntamente com um CAGR de Ebitda ajustado de 15,8% no mesmo período”, escreveram os analistas.
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