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As ações das varejistas avançaram nos últimos tempos, com a perspectiva de que o Banco Central começará, a partir do segundo semestre, a cortar a taxa Selic, o que impacta diretamente as empresas.
Apesar disso, de acordo com uma pesquisa realizada pela XP, as companhias focadas em alta renda – como Vivara (VIVA3), Grupo Soma (SOMA3) e Arezzo (ARZZ3) continuam sendo as preferidas dos gestores, além da Lojas Renner (LREN3).
“Mapeamos a exposição dos investidores por setor e suas maiores convicções. Varejistas de alta renda são, de longe, o subsetor mais consensual, com 72%, seguido pelo varejo de vestuário e alimentos de renda média-baixa. Quanto às ações com convicções mais altas, vemos Vivara com 38%, Grupo Soma com 36%, Lojas Renner com 29% e Arezzo com 21%”, diz o time da corretora, liderado por Danniela Eiger, após conversar com cerca de 80 investidores.
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As companhias mais ligadas ao setor de alta renda são conhecidas por, usualmente, oferecem segurança em momentos de juros altos e de crises. Isso porque as pessoas de classes mais altas têm suas rendas menos impactadas, maiores reservas e ainda dependem menos do acesso a crédito.
Apesar da melhora recente do sentimento com a economia brasileira, traduzida bem pela mudança de perspectiva do S&P Global, por exemplo, os especialistas ainda estão mantendo uma posição de cautela.
“De acordo com nossa pesquisa, embora cerca de 65% dos respondentes estejam otimistas em relação ao setor de varejo, principalmente sob um ponto de vista técnico, isso ainda não se reflete totalmente em suas posições, uma vez que apenas 41% aumentaram recentemente sua exposição ao setor, enquanto 28% reduziram para realizar lucros”, falam os analistas.
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Parte do discurso que circula é que o recuo dos juros que está por agora no horizonte não será suficiente para impulsionar empresas mais ligadas às classes com menor renda ou que dependem mais de crédito. A Via (VIIA3) e o Magazine Luiza (MGLU3) têm, ainda de acordo com a corretora, altos níveis de short interest (porcentagem de ações vendidas a descoberto), bem como a C&A (CEAB3).
“Quando questionados sobre o principal fator que os levaria a aumentar a exposição nessas empresas, resultados melhores ficaram em primeiro lugar, com 63%, seguidos de maior visibilidade em relação a cortes nas taxas de juros, com 22%, e discussões sobre impostos, com 7%”, falam Eigger e equipe. “Por outro lado, a deterioração macroeconômica é o principal risco, com 45%, seguido por discussões sobre impostos, com 28%, e um ciclo de cortes de juros mais fraco, com 21%”.
No casa da Lojas Renner, a empresa é, há algum tempo, queridinha de gestores mais por sua operação.
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