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As ações da Vulcabras (VULC3) registraram forte alta na esteira da divulgação dos resultados. A dona da Olympikus e da licença de Under Armour e Mizuno viu seu lucro triplicar no segundo trimestre de 2022 na base de comparação anual, a R$ 95 milhões. As ações subiram 4,27%, a R$ 11,47, após terem atingido avanço de cerca de 7% na máxima do pregão desta sexta-feira (29). No ano, os ganhos acumulados são de cerca de 25%.
A receita da companhia saltou 64,4%, para R$ 656,8 milhões, um recorde da companhia – principalmente suportado por crescimento de volume (alta de 46% na base anual) tanto em calçados como em confecções e acessórios e um melhor preço/mix nessas categorias.
Olhando para os canais, o mercado doméstico seguiu forte, com a receita subindo 60,5% na base anual, destaca a XP, enquanto as exportações também continuaram a evoluir, com a receita mais que dobrando versus o segundo trimestre de 2021.
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“Quanto à lucratividade, embora a empresa continue enfrentando desafios frente à inflação de custos e maiores fretes, a foi capaz de entregar expansão de margem bruta e Ebitda [lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações] de 1,9 ponto percentual [p.p.] e 2,1 p.p. na base anual, respectivamente”, avaliam. A XP aponta que o número é resultado de ganhos de eficiência na produção (capacidade ociosa rodando em níveis bastante baixos) e sinergias operacionais entre as marcas. Os analistas da casa reiteram recomendação de compra e preço-alvo de R$ 12 por ação, ou potencial de alta de 9% em relação ao fechamento da véspera.
Guilherme Domingues, analista de varejo da Eleven, aponta que a Vulcabras reportou um resultado robusto e ligeiramente acima de suas expectativas, com recorde de receita líquida em um único trimestre e evolução expressiva de rentabilidade.
Devido a sua forte alavancagem operacional assim como por ser o primeiro trimestre em que 100% das novas coleções da Mizuno foram produzidas pela companhia, a margem Ebitda (Ebitda sobre receita líquida) evoluiu 2,2 pontos na base anual. A recomendação para a ação é de compra, com preço-alvo de R$ 18, ou potencial de alta de 64% frente o fechamento de quinta-feira.
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O Bradesco BBI destaca a receita superior à esperada impulsionada pelo bom desempenho das categorias de vestuário e “outros” (chinelos, botas e sapatos femininos). Dito isto, o crescimento do volume na categoria de calçados esportivos também foi forte (alta de 27% em base anual).
Enquanto que a aceleração da Mizuno desempenha um grande papel nisso, a Under Armour também veio forte, e a Olympikus está crescendo à medida que a Vulcabras explora o mercado de corrida de alta performance com novos lançamentos como o Corre Graphene, avaliam os analistas.
Os maiores volumes, que permitem que as fábricas operem em plena capacidade, juntamente com o fato de que a Mizuno está agora totalmente adaptada ao processo de produção da empresa, devem suportar as margens nos próximos trimestres, complementam.
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“Considerando a alta das ações de 20% (ante queda de 23% das varejistas no geral) no acumulado do ano [até o fechamento de quinta-feira] temos sido claramente muito cautelosos com a ação, que tem mostrado uma dinâmica muito forte em seus resultados. Dito isto, esperamos ver este ritmo lento durante o restante do ano, dada a expansão da Mizuno até 2021 (o que significa que a base se torna mais alta ao longo do ano)”, apontam.
Assim, o BBI manteve recomendação neutra, mas elevou o preço-alvo para o final de 2022 de R$ 11 para R$ 12
12 (de R$ 11) devido as estimativas mais altas. “No espaço de Vestuário & Calçados, preferimos Renner (LREN3), onde vemos um maior potencial de valorização (+46% contra +9% da Vulcabras) e valuation atraente”, aponta.
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