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SÃO PAULO – A atenção do mercado nesta quarta-feira (28) estará voltada para o setor financeiro, especialmente para o Wells Fargo, que divulgará resultados trimestrais, já que se mostrou um dos únicos bancos a se manter rentável desde o aprofundamento da crise.
Apesar das estimativas de analistas, de lucro de US$ 1,07 bilhão, as preocupações têm aumentado quanto à saúde financeira do banco: por quanto tempo o desempenho da instituição vai continuar positivo?
O foco da questão está relacionado à compra dos ativos do Wachovia, que movimentou aproximadamente US$ 15,1 bilhões no último ano, na qual também estavam incluídos cerca de US$ 74 bilhões em perdas e ajustes de mercado no portfólio de empréstimos da instituição.
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Desempenho acima do mercado
Mesmo assim, até o momento o Wells Fargo tem se mantido em uma posição firme, ao contrário do que aconteceu com o Bank of America, por exemplo, depois da compra da gigante Merrill Lynch, tendo que recorrer a adicionais US$ 20 bilhões de fundos do governo.
Junto com o JP Morgan, o Wells Fargo conseguiu atravessar a crise financeira, que promete ser a pior desde a Grande Depressão, em melhor situação do que seus rivais, como Citigroup e BoA. Durante os últimos trimestres, o banco não só se manteve rentável, como apresentou resultados além do esperado.
No entanto, está começando a se formar um consenso no mercado que a instituição não conseguirá permanecer intocada pelo colapso do mercado imobiliário norte-americano por muito tempo, devido ao tamanho e ao alcance dos problemas pelos quais o setor está passando.