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Em relatório de perspectivas para o segundo semestre de 2022, a XP cortou a sua projeção para o Ibovespa ao fim de 2022 de 130 mil para 120 mil pontos, ainda um potencial de valorização de 21,78% em relação ao fechamento da véspera.
Em junho, o benchmark da Bolsa brasileira registrou o pior mês desde março de 2020 em mais um período volátil para os mercados, marcado pelas preocupações cada vez maiores de uma recessão econômica.
“O Ibovespa sofreu junto com os mercados internacionais, caindo 11,5%, acentuado pela queda forte nas commodities. Além disso, o crescimento da preocupação com o fiscal aumentou a percepção de riscos em relação ao país. Mesmo com a forte queda no mês, o Brasil continua como uma da melhores bolsas quando comparamos com o resto do mundo”, aponta. No acumulado do ano, o índice teve queda de 5,99% até a véspera.
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No início do ano, as ações brasileiras se beneficiaram de uma tríplice combinação de rotação global de crescimento para valor, forte exposição a commodities e bancos e múltiplos muito atrativos. “Isso levou a um grande fluxo de capital estrangeiro no início do ano, que se enfraqueceu no segundo trimestre em meio a preocupações com o crescimento econômico global e preços de commodities caíram”, apontam os estrategistas Fernando Ferreira, Jennie Li e Rebecca Nossig, que assinam o relatório.
Olhando para frente, os estrategistas projetam maior volatilidade com riscos externos e domésticos.” Lá fora, mercados devem continuar preocupados com a inflação, juros e riscos de recessão. Por aqui, riscos fiscais e políticos voltam ao radar a medida que as eleições se aproximam”, apontam.
Por outro lado, ainda veem o Ibovespa ainda bastante barato. “Continuamos vendo as ações brasileiras sendo negociadas em níveis atrativos de valuation, com um múltiplo de Preço/Lucro (P/L) projetado de 6,1 vezes, um desconto de 45% em relação à média dos últimos 15 anos em 11,2 vezes.
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Mesmo quando retiradas as empresas de commodities, ou somente Petrobras (PETR3;PETR4) e Vale (VALE3), o P/L vai para 9,4 vezes e 8,7 vezes , respectivamente – ambos menores do que suas próprias médias históricas. E quebrando o Ibovespa setorialmente, todos os setores no Brasil estão com seus múltiplos negociados abaixo ou próximos às médias de longo prazo, avaliam.
“Por fim, o prêmio de risco para ações brasileiras, que compara seu rendimento com as taxas de juros reais, mostra que as ações brasileiras estão baratas mesmo considerando o alto nível das taxas de juros locais. O nível atual de prêmio de risco está em 10,6%, superior à média histórica de 4,8%”, avaliam os estrategistas.
Com um cenário de volatilidade à frente, para escolher as ações do portfólio, os estrategistas da XP apontam seguirem focados nos principais temas: 1) commodities; 2) Histórico de crescimento secular que pouco dependem do cenário macro e 3) qualidade a um preço razoável (QARP).
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No relatório, os estrategistas mostram uma lista de empresas que, na visão deles, continuam com perspectivas positivas de crescimento e múltiplos atrativos, as chamadas ações “QARP”: Quality at a Reasonable Price ou Qualidade por um Preço Razoável.
As ações contam com as seguintes características: i) expectativa de crescimento de receita e lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) até o próximo ano; ii) Retorno sobre o patrimônio líquido (ROE acima do setor; recomendação de Compra no consenso de mercado e múltiplos descontados em relação aos pares e ao Ibovespa. Confira a lista abaixo:
Procurando uma boa oportunidade de compra? Estrategista da XP revela 6 ações baratas para comprar hoje.
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