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SÃO PAULO — Com mais de 30 milhões de clientes em 40 países, a brasileira Bemobi (BMOB3) enxerga muito espaço para continuar crescendo — e em ritmo acelerado. Provedora de assinaturas de apps e games, ela tem parceria com 87 operadoras globais, o que lhe garante acesso a 2,4 bilhões de usuários.
A ideia, segundo Pedro Ripper, CEO da companhia, é expandir também em microfinanças, área que ganhou reforço com duas aquisições recentes: a Tiaxa e a M4U — a Bemobi, inclusive, já foi o braço de serviços digitais da M4U no passado, mas passou por um spin-off em 2009 quando a empresa foi vendida para a Cielo.
“A gente entregou algumas promessas importantes que a gente tinha feito na época pré-abertura de capital. Uma delas era capitalizar a empresa para fazer algumas aquisições que existia uma tese que eram muito sinérgicas. A gente poderia acelerar muito tanto nosso crescimento quanto o crescimento das empresas que a gente estava adquirindo. E a gente entregou duas aquisições bastante relevantes que praticamente dobram nosso tamanho, uma vez fechados os dois deals“, disse Ripper, em live do InfoMoney.
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A live faz parte do projeto Por Dentro dos Resultados, em que o InfoMoney entrevista CEOs e diretores de importantes companhias de capital aberto, no Brasil ou no exterior. Eles falam sobre o balanço do segundo trimestre de 2021 e sobre perspectivas. Para acompanhar todas as entrevistas da série, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.
“Como que uma empresa que começou em jogos e aplicativos foi parar em microcrédito? Como a gente interage com esse cliente [pré-pago] de maneira recorrente, a gente começou a pegar um pouco dos hábitos deles, inclusive a gente conseguia se comunicar com eles quando eles ficavam sem saldo. Isso nos deu um bom insight de pra que a gente pode oferecer o que, de maneira que o tombo, o risco de crédito, seja bem limitado”, contou Ripper.
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O CEO da Bemobi falou também sobre a exposição da empresa ao cenário macroeconômico brasileiro, já que boa parte dos clientes é pré-pago, das classes C e D. “Quando o auxílio emergencial foi liberado, a gente notou uma reação imediata na demanda”, disse. “A diversificação geográfica que a gente fez lá atrás está se pagando na medida que a gente vê uma retomada mais rápida da economia fora do Brasil do que aqui”, completou.
Ripper falou ainda sobre novas parcerias no setor financeiro, como com bancos digitais/wallets, perspectiva de expansão para mais países, incluindo na África, onde a penetração de smartphones era baixa e hoje cresce em algumas regiões, além da busca por desenvolvedores num ambiente de concorrência crescente dentro do setor de tecnologia. Assista à live completa acima, ou clique aqui.
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