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Mal acabou a quarta-feira de cinzas e já tem muita gente pensando no próximo carnaval. Não necessariamente (ou somente) porque ama a festa, mas pela sua importância para a cultura e economia.
O cancelamento pelo segundo ano consecutivo da festa popular fará com que o setor de serviços deixe de faturar em torno de R$ 3 bilhões.
A estimativa é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em valores absolutos, o evento deste ano deve faturar R$ 6,45 bilhões – muito menos que os R$ 9,5 bilhões que costumava movimentar antes da crise sanitária.
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Nesse dinheiro todo que circula durante os dias de festa estão incluídos os faturamentos desde vendedores ambulantes a locadores e montadores de trios elétricos, seguranças e músicos, alguns dos mais impactados pelo cancelamento da festa.
Segundo o relatório “O que o Brasil ouve”, do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição, o Ecad, a suspensão de eventos e de blocos carnavalescos teve um forte impacto para a indústria da música, com uma queda de mais de 60% na arrecadação de direitos autorais.
Ainda sem os dados fechados, a previsão do Ecad era de arrecadar R$ 6 milhões no período carnavalesco: 62% menos que em 2020, antes da pandemia de covid-19. Naquele longínquo ano, foram pagos R$ 24 milhões em direitos autorais para mais de 14 mil compositores e demais artistas, pelas músicas tocadas no período.
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Agora, dois anos depois, a quantidade de shows foi 98% menor que em 2020.
Ei, você aí!
O levantamento feito pelo Ecad das músicas mais tocadas no Brasil nos últimos cinco carnavais (de 2016 a 2020, porque 2021 não conta) mostrou que a música mais tocada tem muita relação com a nossa atual situação. “Me dá um dinheiro aí”, de Ivan Ferreira, Glauco Ferreira e Homero Ferreira, ficou em primeiro lugar.
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