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A inflação relativamente baixa tem propiciado aos sindicatos de trabalhadores alcançarem aumentos reais nas negociações coletivas. Em agosto, por exemplo, os aumentos salariais ficaram, em média, 1,5% acima da inflação. Foi o que constatou o Salariômetro – Mercado de Trabalho e Negociações Coletiva, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
O reajuste médio foi de 5% para repor uma inflação acumulada em 3,5% em 12 meses pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). “O INPC aumentou 0,5% em relação a julho e empurrou o reajuste mediano para cima, também 0,5% em relação a julho”, afirmaram os técnicos da Fipe responsáveis pelo estudo.
Mostra ainda o Salariômetro que a proporção de reajustes acima da inflação em agosto continuou alta, em 82%, embora abaixo dos 89,1% registrados em julho. De janeiro a agosto, 79,2% dos reajustes foram maiores que o INPC. Em 2022, no mesmo período, essa proporção foi de 23,6%.
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Sinal amarelo se acende para setembro, mês para o qual, segundo a Fipe, a prévia indica arrefecimento no ímpeto dos reajustes salariais.
O reajuste mediano nominal continua igual a 5%, mas o reajuste real está apenas 0,9% acima do INPC acumulado até agosto.
“O INPC cresceu, mas não conseguiu empurrar o reajuste real”, afirmam os técnicos da Fipe, acrescentando que o piso salarial de agosto ficou em R$ 1.522, 15, ou 3% acima do salário mínimo.
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