Cielo quer alternativas para contornar custo de taxas e máquinas a varejistas

Entre os produtos que visam à ampliação de sua área de atuação principal, estão pagamentos móveis e por aproximação

Renato Rostás

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SÃO PAULO – A Cielo (CIEL3) tenta buscar soluções para oferecer produtos a estabelecimentos que não consigam arcar com os tíquetes médios, por conta do baixo valor de seus serviços. Um dos exemplos é o pagamento em transporte público.

Durante teleconferência com a corretora Souza Barros, a diretora de Relações com Investidores da companhia, Roberta Noronha, citou como exemplo o método utilizado no metrô de Londres, na Inglaterra. Por lá, o débito é realizado através de aproximação, não sendo necessário a presença do terminal – POS (Point of Sale) – ou o uso da senha.

“Nós queremos implementar esse tipo de solução no nosso portfólio. Já está na nossa agenda de crescimento”, disse a executiva. Ela explica que, na verdade, a Cielo acaba tendo pouca gerência sobre a porcentagem do tíquete, já que ele depende mais do modelo das varejistas.

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Outros produtos
Além deste, a empresa também busca oferecer a comerciantes que ainda não aderiram às “maquininhas” alternativas para que o pagamento seja feito com cartões. A ideia é capturar grande parte de participação de mercado até 2020, quando a Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços) prevê penetração de 43% no uso do cartão para pagamentos.

Atualmente a Cielo já é a líder em market share, com 53,5%, considerando apenas como concorrente a Redecard (RDCD3). No entanto, a entrada de outras concorrentes, como a Getnet, parceira do Santander (SANB11) que já está instalada, e a Elavon, que firmou acordo com o Citibank e deve operar mesmo em 2013, pode trazer alguma perda nessa porcentagem.

Entre as alternativas já citadas, está o pagamento via celulares, seja por aparelhos da Apple ou pelo sistema Android, que é confeccionado pelo Google. “Queremos incluir alguns segmentos com plataformas que não sejam tão caras também, com transações feitas através até de celulares comuns. Um dos exemplos são os taxistas”, revelou André Cazotto, do departamento de RI da empresa.