E-commerce em alta: Mercado Livre vai contratar 8.500 pessoas até dezembro

SVP do Mercado Livre e VP do Mercado Pago participaram de live do InfoMoney e comentaram sobre a expectativa para a Black Friday e perspectivas para 2022

Anderson Figo

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SÃO PAULO — A explosão das vendas on-line gerada pela pandemia de coronavírus não arrefeceu em 2021, diante da reabertura da economia com a vacinação. Um dos principais players do e-commerce nacional, o Mercado Livre (MELI34) vai contratar 8.500 pessoas nos próximos quatro meses para fazer frente à forte demanda.

“O e-commerce ainda tem 10,5%-11% de penetração no varejo total no Brasil. Ainda é baixo. A gente saiu de 5% no início da pandemia e tivemos um salto rápido para 11%, como se todas as pessoas e as empresas fossem forçadas na marra [a comprar/vender online]. É como se a gente tivesse pego o ano de 2030 e puxado para 2020”, disse Fernando Yunes, vice-presidente sênior (SVP) do Mercado Livre no Brasil, em live do InfoMoney.

“O número de usuários, tanto na ponta de clientes quanto na ponta de vendedores, aumentou violentamente e isso levou a penetração do e-commerce no Brasil de 5% para 10%. Este ano está em 11%. A média do mundo é 18%. Os Estados Unidos estão em 25%. A China está em 40%. (..) O número de empresas que ainda não entraram no marketplace ainda é grande. (…) E ainda tem muito usuário [de internet] que não é comprador de e-commerce. A gente segue otimista. Só até o final deste ano, a gente vai contratar 6.000 funcionários próprios e 2.500 terceiros. São 8.500 novas contratações em quatro meses. É o que mostra nosso compromisso e confiança com o que vem pela frente”, completou.

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A live faz parte do projeto Por Dentro dos Resultados, em que o InfoMoney entrevista CEOs e diretores de importantes companhias de capital aberto, no Brasil ou no exterior. Eles falam sobre o balanço do segundo trimestre de 2021 e sobre perspectivas. Para acompanhar todas as entrevistas da série, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.

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Yunes destacou que a entrada de novos vendedores na plataforma do Mercado Livre já foi forte no segundo trimestre e continua nesse ritmo, tanto para empresas pequenas quanto para grandes marcas. Além disso, o executivo comentou que o grupo está sempre de olho em atender novos segmentos, como a recém-lançada operação de supermercados.

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“O supermercado no Mercado Livre começou há cerca de um ano e já representa 10% das vendas totais do grupo. Foi um crescimento exponencial. (…) Farmácia é algo que a gente está estudando e temos conversado com potenciais parceiros. Nos próximos meses queremos trazer novidades, sim, sobre esse segmento”, afirmou o SVP.

O executivo citou os investimentos que têm sido feitos pelo Mercado Livre no país. “Começamos o ano com três centros de distribuição e vamos encerrar com oito ou mais CDs, talvez a gente até anuncie algo a mais até o final do ano”, disse. Yunes ressaltou algumas vantagens competitivas do ML sobre a concorrência, como o serviço de entrega no mesmo dia para muitos CEPs.

Sobre a logística, o SVP do Mercado Livre comentou que 91% das entregas da companhia atualmente são feitas por transporte próprio e que não teria interesse em uma participação num eventual leilão de privatização dos Correios. Ele falou ainda sobre como o grupo está preparado para fazer uma grande Black Friday em 2021, ainda mais forte que a do ano passado.

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Tulio Oliveira, vice-presidente do Mercado Pago e que também participou da live, comentou sobre o crescimento do braço de fintech do grupo, que já representa um terço da receita total do ML na América Latina. O executivo destacou o crescimento do crédito no Brasil: 27 milhões de usuários têm crédito pré-aprovado disponível.

Ele falou sobre o recém-lançamento de tag veicular do Mercado Pago, o Ultrapasse, em parceria com a ConectCar. “Estamos colocando isso como mais um benefício do nível seis do nosso programa de fidelidade. Tem toda a parte de conteúdo e o tag gratuito. Os outros clientes pagam uma mensalidade”, disse.

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“Tem mercados que já somos consolidados, como o de maquininha, onde competimos cabeça a cabeça com nosso principal competidor. E agora estamos entrando em produtos de pessoas físicas, conta digital, conta de pagamentos, cartão de crédito e estamos trabalhando em uma solução melhor de investimentos. Outras soluções estão por vir. Queremos servir muito bem a pessoa física”, completou.

Yunes e Oliveira falaram ainda sobre o ML ter aberto a opção das pessoas pagarem para serem do nível mais alto do programa de fidelidade da empresa, sobre concorrência, sobre aumento dos preços dos combustíveis impactando o custo de entrega da frota e frete grátis e sobre eventuais fusões e aquisições. Assista à live completa acima, ou clique aqui.

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Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.