Empréstimos por penhor: entenda como funciona esta opção de crédito

Com agilidade e sem burocracia, penhor já disponibilizou mais de R$ 2 bilhões nos primeiros seis meses deste ano

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SÃO PAULO – Nos primeiros seis meses deste ano, a Caixa Econômica Federal emprestou R$ 2,9 bilhões para 5.028.146 contratos, por meio de penhor, um acréscimo de 5,18% em relação ao mesmo período de 2007. Para o ano todo, a expectativa da instituição é de disponibilizar R$ 5,4 bilhões, um crescimento de 12,5% em relação ao ano anterior. Mas, como funciona e quem pode pegar empréstimos dessa maneira?

De acordo com a gerente de alienação de bens móveis e imóveis da Caixa, Eunice Martins Araújo, somente para o serviço de penhor de jóias, aproximadamente 2 milhões de clientes procuram a instituição todos os anos. Contudo, também são aceitos relógios e canetas.

Não há nenhuma restrição para a participação, somente se exige CPF, que será consultado na Receita. O limite mínimo de empréstimo por meio de penhor é de R$ 50 e o máximo, de R$ 50 mil. O empréstimo corresponde, no máximo, a 80% do valor avaliado e a pessoa pega o dinheiro na hora.

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O prazo do empréstimo é de um a 180 dias, renováveis por quantas vezes o cliente desejar. Pagam-se apenas os encargos do período, que variam de 1,90% a 2,99% do valor de avaliação do bem. No geral, a maioria consegue obter o item penhorado de volta, mas cerca de 30% perde o objeto em leilão.

Perfil

Mulheres são as grandes usuárias deste tipo de crédito, representando 81,4% dos clientes. A faixa etária majoritária fica entre 30 e 49 anos (46,5%). No que diz respeito à renda, os que recebem entre cinco e 20 salários mínimos são maioria, segundo a gerente.

Dentre os grupos profissionais que mais utilizam o penhor, estão os autônomos (23,8%), as donas de casa (21,1%) e os aposentados (18,5%). A modalidade penhor representa 6% do total de empréstimos concedidos pela Caixa. “A agilidade do empréstimo e a falta de burocracia são facilidades que atraem as pessoas”, explica Araújo.

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Leilão

Somente no primeiro semestre de 2008, foram realizados 192 leilões em todas as regiões do Brasil, sendo pelo menos um evento ao ano por agência que tem posto de penhor. Em 2007, foram vendidos 226 mil lotes (pode haver mais de um objeto por lote), número que já ultrapassa os 300 mil este ano.

Por questões de segurança, a Caixa não revela o valor total negociado nestas transações, mas, para se ter uma idéia, no último leilão ocorrido em São Paulo, nos dias 28 e 29 de julho, foram disponibilizados 8 mil lotes, sendo que o maior lote disponível tinha lance mínimo de R$ 62.500.