Inadimplência do consumidor registra a quinta queda mensal consecutiva

Endividamento ainda elevado dos consumidores é um dos fatores que impedem que a redução da inadimplência seja mais acentuada

Fabiana Pimentel

Ilustração mostra mulher diante de contas a pagar
Ilustração mostra mulher diante de contas a pagar

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SÃO PAULO – A inadimplência dos consumidores recuou 0,1% em novembro deste ano, na comparação com o mês anterior.

De acordo com o Indicador Serasa Experian da Inadimplência do Consumidor, divulgado nesta quarta-feira (12), este resultado revela a quinta queda mensal consecutiva do indicador.

Segundo os economistas da Serasa Experian, o recuo, ainda que modesto, da inadimplência em novembro foi a quinta queda mensal no conjunto das seis últimas leituras do indicador (outubro/12 foi a exceção). “Isto demonstra que o patamar baixo da taxa de desemprego no país, os ganhos salariais acima da inflação na maioria das categorias profissionais e as reduções das taxas de juros têm proporcionado um cenário de inadimplência mais favorável, neste segundo semestre, em comparação com a primeira metade de 2012”, completam.

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Contudo, os economistas explicam que o endividamento ainda elevado dos consumidores e o comprometimento de renda igualmente alto continuam sendo os principais entraves para que a queda da inadimplência ocorra de forma mais acentuada.

Comparações
No acumulado do ano, em relação ao mesmo período de 2011, a inadimplência cresceu 15,1%.

Na relação anual – novembro deste ano contra o mesmo mês do ano anterior –, a inadimplência do consumidor registrou crescimento de 13,0%.

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Decomposição
Os cheques sem fundos, os protestos e as dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica, água etc.) puxaram a pequena queda do indicador em novembro de 2012, com variações negativas de 7,5%, 0,3% e 9,2% e contribuições negativas de 0,6 p.p., 0,1 p.p. e 0,1 p.p., respectivamente.

A queda do indicador só não foi maior porque as dívidas com os bancos apresentaram alta de 1,6% e contribuíram no indicador com 0,7 p.p.