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O ramo de seguro de crédito pagou cerca de R$ 1 bilhão em indenizações aos segurados no primeiro quadrimestre de 2023, um salto de 411,9% em relação ao mesmo período do ano passado. O segmento registrou também um aumento na demanda em 24,3%, com mais de R$ 740 milhões arrecadados, conforme levantamento divulgado na terça (4) pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg).
Considerando apenas o mês de abril, o seguro de crédito teve alta de 189% nas indenizações pagas, com aproximadamente R$ 180,9 milhões, e crescimento de 28,3% na arrecadação, com mais de R$ 174,6 milhões.
Para efeito comparativo, entre janeiro e abril deste ano, considerando todos os ramos e segmentos (exceto a Saúde Suplementar), as indenizações subiram 2,2%, chegando ao patamar de R$ 77,2 bilhões, enquanto a demanda cresceu 8,6%, atingindo R$ 117,4 bilhões.
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Para o presidente da CNSeg, Dyogo Oliveira, as indenizações foram impulsionadas por eventos de crédito recentes que contavam com a proteção do seguro. “Pelo lado da demanda, esses mesmos eventos geram uma maior busca por proteção. Isso, aliado ao fato de que a manutenção da taxa de juros em patamar elevado tende a aumentar a inadimplência, compõe o cenário de maior procura pelo produto”, diz.
Os seguros de crédito garantem ao credor (aquele que cede recursos) o ressarcimento da operação definida no contrato de seguro, que será feito pela seguradora, caso ocorra inadimplência por parte do devedor. O produto pode ser utilizado tanto para operações realizadas no território nacional quanto para operações financeiras destinadas à exportação, no entanto, a pessoa física ou jurídica que contratar o seguro deve estar domiciliada no Brasil.
Dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostram que a parcela de inadimplentes subiu de 28,6% das famílias do país, em abril passado, para 29,1%, em 2023.
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No mesmo período, pela ótica das empresas, de acordo com levantamento feito pela Serasa Experian, a soma total das dívidas de Pessoas Jurídicas chegou a R$ 117,5 bilhões, o maior patamar já registrado desde 2016, atingindo a quantidade recorde de 6,5 milhões de negócios.