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Assunto do momento, o juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito subiu 8,7 pontos porcentuais de junho para julho, informou nesta segunda-feira (28) o Banco Central (BC). A taxa passou de 437,0% para 445,7% ao ano.
A modalidade emergencial de crédito está no centro das discussões econômicas e políticas do país neste momento devido às taxas mais caras do mercado. O assunto é tema de um grupo de trabalho formado pelo Ministério da Fazenda, o Banco Central e os bancos.
Recentemente, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que a solução estava se “encaminhando” para o fim do rotativo, com a dívida do cartão sendo transferida automaticamente ao parcelado com juros. Desde 2017, os bancos são obrigados a transferir, após um mês, a dívida do rotativo do cartão de crédito para o parcelado, a juros mais baixos.
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Campos Neto também indicou que poderia haver uma tarifa de desincentivo para o parcelado sem juros “longo”, que é do interesse dos bancos, enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é contra acabar com o parcelamento sem cobrança de taxas.
Além disso, na semana passada, o deputado Alencar Santana (PT-SP) propôs, em seu parecer sobre o projeto do Desenrola, limitar a taxa no rotativo e no parcelado com juros ao valor do principal da dívida, se os bancos não propuserem uma autorregulação em 90 dias após a entrada em vigor da lei.
No caso do parcelado, o juro passou de 196,1% para 198,4% ao ano entre junho e julho. Considerando o juro total do cartão de crédito, que leva em conta operações do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 104,2% para 102,7%.
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