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Uma pesquisa realizada pela FGV (Fundação Getulio Vargas) e encomendada pela Prudential do Brasil mostra que o avanço da contratação de seguro de vida no país esbarra em muitas questões, sendo a financeira o principal entrave. Veja:
- motivos financeiros (35%)
- desconfiança (28%)
- não perceber necessidade (24%)
- desconhecimento dos produtos (11%).
As respostas foram colhidas entre cerca de 1.800 participantes ouvidos ao longo do segundo semestre de 2022. Denominado “Impacto Socioeconômico do Seguro de Vida na sociedade brasileira”, o estudo fez um retrato sobre o papel da proteção financeira na economia.
Para Carlos Cortez, vice-presidente de Marketing e Digital da Prudential do Brasil, existe muito espaço para o crescimento do setor de seguros no Brasil, que detém hoje menos de 4% do PIB, mas, em 2030, quer representar 10%.
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Ainda segundo Cortez, 83% da população brasileira não têm nenhum seguro de vida. No Japão, 90% têm a proteção, 70% nos Estados Unidos e 50% na vizinha Argentina. “Um dos obstáculos é o desconhecimento dos benefícios que o seguro de vida pode trazer”, afirma.
Robson Ribeiro Gonçalves, responsável pela pesquisa, salienta que outro desafio é mudar a ideia de que o seguro de vida só serve para as consequências criadas pela morte do contratante. “Há um desconhecimento de que o produto pode ser usado ainda em vida e para planejamento financeiro”, diz o professor da FGV.
“No final dos anos 1960 e início de 1970, vendia-se cigarro sem filtro e havia uma lenda que o brasileiro não gostava de carro 4 portas e direção hidráulica. Houve um rompimento dessas barreiras comportamentais, que não têm ligação com a renda, mas que é mais cultural. A partir do momento que tem experiência positiva, a pessoa não fica sem esses itens e é algo que deve ocorrer também com o seguro de vida”, contextualiza o professor.