Publicidade
SÃO PAULO – A Odontoprev (ODPV3) enxerga recuperação do crescimento da base de clientes no ano que vem, puxado pelo incremento da renda da população e pela mudança da percepção do brasileiro em relação ao segmento. O diretor presidente da empresa, Randal Zanetti, diz que, apesar de a evolução na base de clientes ter sido afetada neste ano, por conta do resfriamento econômico, a projeção é de que o setor tem muito a se expandir e registrará crescimento acima do PIB (Produto Interno Bruto), na casa de dois dígitos na visão de longo prazo.
A declaração foi dada durante a comemoração do 25º aniversário da empresa, na Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais) de São Paulo, nesta sexta-feira (24).
O diretor de RI da empresa, José Roberto Pacheco, acrescenta que apenas 9% dos brasileiros têm plano odontológico. Nos Estados Unidos, a base é de 60% da população. “O caminho é enorme em termos de oportunidade”, ressalta Pacheco.
Continua depois da publicidade
Finanças
De acordo com Zanetti, a empresa observou uma desaceleração do crescimento de clientes corporativos – sua maior base – neste ano. Para ele, as empresas estão mais cautelosas em adotar planos. O diretor diz acreditar em uma recuperação deste incremento gradual, alinhada à evolução do PIB. Segundo ele, a Odontoprev apurou uma alta da taxa de inadimplência neste ano, mas “nada que cause algum desconforto”.
Apesar da redução no crescimento, a Odontoprev registrou lucro líquido 21,3% maior no segundo trimestre deste ano comparado à igual período de 2011, para R$ 42,97 milhões. O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) registrado cresceu 11%, passando de R$ 53 milhões para R$ 58,89 milhões. A empresa apresentou aumento de 11% na sua carteira de clientes durante o intervalo de abril a junho. Um ano antes, a elevação tinha sido de 19%.
Classe C
Do total de clientes – 5,8 milhoes – menos de 10% são pessoas físicas. Ainda assim, Zanetti diz que tem sido adotadas medidas para a empresa de aproximar mais da classe C. Segundo ele, há cerca de 5 mil corretores que vendem os planos da empresa por todo o País. Com essa ação, a empresa tem maior facilidade de acesso para determinadas regiões, como cidades do interior.
Continua depois da publicidade
“Tem de ter eficiência na distribuição para evitar que o custo fique caro para esse cliente, senão não conseguimos atraí-lo”, acredita o diretor. Para ele, há uma mudança na visão do brasileiro, principalmente da classe C, sobre a odontologia: o novo público tem procurado mais o serviço como prevenção e não só quando acontece algum problema.