Prevenir e reduzir riscos são desejos de 97% dos clientes de seguros

Entre os Millennials, por exemplo, 41% estão dispostos a pagar mais por seguro de vida que inclua prevenção de riscos

Gilmara Santos

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Prevenção é sempre o melhor remédio e a maioria dos brasileiros quer apoio das seguradoras para prevenir e reduzir riscos. É o que revela pesquisa da Bain & Company – desenvolvida pela Dynata com 28.765 consumidores de 14 países. Entre os brasileiros, 97% demonstraram interesse em serviços para prevenção de riscos.

A valorização dessas soluções aparece como uma característica de grupos formados por clientes que fazem parte da população urbana, famílias com crianças e aqueles que têm maior poder aquisitivo também valorizam essas soluções. Entre os Millennials, por exemplo, 41% estão dispostos a pagar mais por seguro de vida que inclua prevenção de riscos.

A pesquisa indica ainda que cerca de 80% dos entrevistados desejam que as companhias incorporem iniciativas ambientais, sociais e de governança corporativa (ESG) em suas propostas. E 59% querem que as seguradoras de vida os recompensem por uma vida saudável.

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“A infraestrutura para serviços de prevenção melhorou nos últimos anos, pois os clientes possuem hoje mais dispositivos conectados e estão abertos a compartilhar dados com as seguradoras. Algumas até já oferecem serviços de redução de riscos baseadas em novas tecnologias, como a Internet das Coisas, machine learning e big data a partir do comportamento dos motoristas, por exemplo. Essas e outras ferramentas digitais, como advanced analytics, permitem que as seguradoras façam parcerias diretas com os clientes para identificar, prevenir e mitigar cada evento de risco, estreitando seu relacionamento”, destaca a consultoria.

Os pesquisadores pediram ainda para os consumidores avaliarem os 33 atributos que eles consideram fundamentais e que poderiam aumentar o status de produtos e serviços, em uma escala de zero a dez. Em todos os países que participaram da pesquisa, a lealdade do consumidor aumenta de forma significativa quando as seguradoras oferecem um forte desempenho nos elementos mais importantes.

A Bain & Company considera que poucas seguradoras procuram destacar sua operação como uma provedora de soluções – a maioria se apresenta como provedora de capital e pagadora de sinistros – termo usado pelo mercado para se referir ao valor pago pelas seguradoras em caso de acidente. E mesmo as empresas que já entraram nessa jornada, muitas vezes demoram a acertar e, assim, a penetração de mercado para esse tipo de serviço permanece baixa.

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“Algumas seguradoras distribuem recompensas excessivas para adquirir clientes, o que atrai consumidores que podem abandonar o produto quando as gratificações terminam, reduzindo a lucratividade. Outros começam a vender prematuramente para novos clientes, uma abordagem que pode intimidar seu público”, considera a consultoria.

Personalização

Para acompanhar as prioridades e demandas dos consumidores, a Bain & Company considera que as seguradoras devem se concentrar nos seguintes pontos:

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Gilmara Santos

Jornalista especializada em economia e negócios. Foi editora de legislação da Gazeta Mercantil e de Economia do Diário do Grande ABC.