Quer sair do vermelho? Veja 7 dicas para negociar suas dívidas

Quando a situação aperta, não é hora de evitar o problema. Algumas mudanças no estilo de vida e a negociação com os credores são fundamentais para sair do vermelho

Luiza Belloni Veronesi

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SÃO PAULO – O crédito caro e a falta de consciência financeira são os principais vilões dos superendividados. Mas, quando a situação aperta, não é hora de evitar o problema. Algumas mudanças no estilo de vida e a negociação com os credores são fundamentais para sair do vermelho, informou a Proteste – Associação de Consumidores.

Segundo a associação, quanto maior for a dívida, menos tempo o inadimplente deve perder para correr atrás de uma negociação. O primeiro passo, no entanto, é descobrir o tamanho do seu problema. “Liste suas despesas para saber o quanto seu rendimento mensal fica comprometido com as dívidas”, sugeriu a Proteste. Só assim, você saberá o quanto as dívidas comprometem a renda da família. Confira mais 7 dicas de como negociar seus débitos:

1. Procure seus credores
Após listar suas dívidas e estar ciente do problema, é preciso buscar o credo (ou os credores) para negociar as dívidas. Seja claro e objetivo, reconheça que está com dificuldade financeira e diga que pretende negociar o valor devido.

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2. Contrato presencial
Marque uma hora para assinar um contrato de renegociação da dívida. “Isso deve ser feito por escrito e com assinatura de duas testemunhas. Evite a renegociação por telefone”, acrescentou a Proteste. Se não tiver outro jeito, peça os números de atendimento e do registro da renegociação (algum número que identifique o cadastro do credor). Também é recomendado anotar o nome do atendente, dia e hora, assim como pedir o envio de um documento que confirme o novo contrato ajustado.

3. Atenção aos novos prazos
Nunca deixe de cumprir os novos prazos definidos pela renegociação. “Em caso de atraso da nova parcela, os juros cobrados podem ser ainda mais altos que da dívida antiga.”

4. Meios de pagamento
Prefira pagar as novas parcelas por boleto bancário ou carnê de pagamento. Ainda, evite assinar notas promissórias, pois elas podem ser protestadas imediatamente. A Proteste lembra que cheques pré-datados não são uma boa solução.

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5. Recorrendo aos tribunais
Quando não dá mais para honrar os compromissos, os superendividados podem recorrer à Justiça na tentativa de diminuir os juros, por meio de um acordo. “Não existe uma lei que trate do tema. Mas a boa notícia é que o Poder Judiciário entende que muitas dessas dívidas são frutos de uma oferta irresponsável de crédito. Ou seja, o mercado não leva em consideração a capacidade do consumidor de pagar a dívida”, ressalta a associação.

6. Trocar a dívida do banco
Outra saída é a portabilidade de crédito, que é a transferência da dívida que você tem de um banco para outro. Se essa for a sua opção, primeiro obtenha o total da sua dívida com a instituição com que já tem o empréstimo ou financiamento. Com esse valor, o novo banco poderá transferir os recursos diretamente para o banco original, quitando sua dívida antecipadamente.

7. Bens como garantia
Dar bens como garantia pode ser uma alternativa, porque nesses casos os juros tendem a ser mais baixos. Entretanto, é preciso ter muita cautela. “Não dê bens como garantia nem os venda se você acha que ainda assim pode não ter capacidade de quitar o débito ou, pelo menos, de reduzi-lo substancialmente. Você pode perder o bem e ficar com a dívida. Ou pior: vendê-lo e se endividar novamente.”